Seneme concorda com anulação do gol do Vasco
— Podemos observar dois aspectos: o primeiro é a situação de linha de impedimento, que, desde o primeiro cruzamento, o atacante (Vegetti) tem uma parte do pé a frente do defensor. Apesar de ser uma jogada fina, caracteriza impedimento, porque ele participa, tocando a bola — apontou Seneme.
O chefe da arbitragem citou a não-finalização da APP (fase ofensiva) na jogada. Portanto, para ele, o lance ainda estaria sendo influenciado pelo cruzamento original, quando o pé de Vegetti foi flagrado pelo VAR em posição irregular.
— Ponto um: a gente tem a participação efetiva do jogador, em impedimento, quando ele joga a bola com a cabeça. Ele tem uma parte do pé impedido — disse Seneme. — Ponto dois: a "salvada" de um jogador, que não caracteriza a posse de bola da defesa. A bola volta para o jogador que cabeceou. Ele tenta cruzar, a bola vai para o defensor (Richard Ríos), que quer afastar a bola. Ele está sob pressão ou não? — questionou.
Bassols entrou concordando que a bola afastada por Richard Ríos, que sobrou para o chute de Paulinho, tinha uma condição pressionada:
— Dentro da área dele, com perigo de gol. Ele vai vai se sentir pressionado por esse desenho tático da equipe atacante e ele vai afastar. Tira sob pressão — disse Bassols. — Tudo em função de um primeiro impedimento. Aqui, o time de verde (Palmeiras) não criou uma nova fase de ataque. Ele só rechaçou a bola de um perigo iminente, que é a fase de ataque da equipe de branco (Vasco) — continou.
— A bola tem que sair não só da área, como também dos arredores da área — afirmou Bozzano, falando que só seria originada uma nova fase de ataque se esta bola fosse para mais longe ou sobrasse para um jogador do Palmeiras, com controle.
— Se essa bola fosse para o meio campo ou para uma lateral muito afastada, eles poderiam se reorganizar. Coisa que eles não tiveram tempo de fazer — adicionou Seneme.
Logo após a partida, o Vasco levou a público sua revolta com a anulação do lance. Citando se sentir prejudicado mais uma vez pela arbitragem nesta edição do Brasileirão, prometeu apresentar reclamação formal à CBF.
Confira nota do Vasco na íntegra:
"O Vasco da Gama contesta a interferência do VAR e a anulação do gol legítimo do Paulinho, na partida deste domingo (27/08), diante do Palmeiras. O equívoco da arbitragem influenciou diretamente no andamento do jogo e, consequentemente, em seu resultado.
Novamente, já que não é a primeira vez que isso acontece no Campeonato Brasileiro, o clube irá apresentar uma formal reclamação à Confederação Brasileira de Futebol."
Fonte: Agência O Globo