Semana do Vasco promete ser decisiva dentro e fora de campo
A semana do Vasco promete ser decisiva dentro e fora de campo. Além das partidas contra o Athletico-PR pelo Brasileirão e pela Copa do Brasil, o clube corre contra o tempo para fechar contratações e saídas de jogadores. A janela fecha no dia 2 de setembro.
São dois prazos diferentes importantes. O primeiro é o mais urgente: a regularização de reforços para as quartas de final da Copa do Brasil. A partida de ida contra o Athletico é na quinta-feira e, para algum reforço entrar em campo nesta fase, o clube precisa inscrevê-lo até quarta.
Só há um nome fechado até o momento — o atacante Jean Meneses, que estava no Toluca, do México. O atleta chileno desembarcou na sexta-feira no Rio de Janeiro, e o clube está em busca da regularização do jogador para contar com ele nas quartas de final da competição.
O outro prazo é a própria janela de transferências. O clube tem até o dia 2 de setembro para se reforçar com atletas que tenham vínculo com alguma equipe. Depois desta data, o Vasco só poderá contratar jogadores que estejam sem contrato com outro clube.
No ano passado, o Vasco contratou Dimitri Payet e Rossi após a janela. O meia francês estava sem clube desde o fim do contrato com o Olympique de Marselha. Já o atacante não tinha vínculo com nenhum clube desde que saiu do Al-Faisaly, da Arábia Saudita.
Busca por um zagueiro
A posição de zagueiro é a prioridade do Vasco desde a abertura do mercado de transferências, mas o clube tem tido problemas para fechar com algum reforço. A principal dificuldade tem sido a concorrência de outros times. Sem poderio financeiro para fazer grandes investimentos ou entrar em leilão por algum atleta, a SAF recebeu algumas recusas nas últimas semanas.
O nome da vez é Luan Peres, zagueiro do Fenerbahçe. O Vasco fez proposta pelo jogador de 30 anos.
Pedrinho e a direção do Vasco têm adotado um discurso de responsabilidade financeira nas contratações. O caso de André Ramalho é simbólico — o Vasco conversava com o atleta, e o Corinthians chegou com uma proposta muito maior pelo zagueiro, fora da realidade vascaína.
Outras recusas aconteceram por motivos pessoais de atletas, que preferem não atuar no Brasil no momento. Pepe se aposentou e Rafael Tolói avisou ao Vasco que deseja seguir no futebol europeu. Maurício Lemos recusou a vinda para o Rio de Janeiro porque quer continuar no Atlético-MG.
Depois do sorteio da Copa do Brasil, na terça-feira passada, Pedrinho afirmou que o Vasco espera "pelo menos mais um reforço", além da chegada de Jean Meneses. O ge apurou que o clube se mantém no mercado atrás de outras posições, como a de outro atacante de lado.
É o caso de Benjamin Garré, atacante do Krylia Sovotov, da Rússia. Com características parecidas com as de Adson, o jogador recebeu uma proposta do Vasco nos últimos dias, mas o clube russo não gostou dos valores oferecidos e não tem interesse em negociar o atacante agora.
Saídas no elenco
Outra prioridade do Vasco na última semana de janela de transferências é a saída de alguns jogadores do elenco. Galdames, Erick Marcus e Rossi são os atletas que o clube pretende negociar nos próximos dias. No entanto, a questão salarial tem sido um impasse para as equipes interessadas.
Galdames foi procurado pelo San Lorenzo, mas a negociação está parada. Caso consiga a liberação do jogador, aliviando a folha, a equipe poderá tentar a contratação de um volante.
Rossi foi procurado por pelo menos sete clubes, mas não aceitou nenhuma proposta. A vontade dos atletas que, além de aceitar receber menos, teriam que jogar em outras divisões, também é um empecilho para o Vasco.
Na última semana, Pedrinho afirmou que a folha do Vasco é superfaturada e citou a dificuldade em encontrar equipes que possam pagar os salários do jogadores na lista de dispensa vascaína.
— Os jogadores, dentro da avaliação esportiva, que precisariam encontrar outros caminhos, não são fáceis de serem diluídos. Os valores são muito altos. Outros clubes não querem pagar. O valor é desproporcional ao rendimento. Os clubes que estão em negociação com a gente, até a metade dos salários é muito alta — afirmou o presidente do Vasco.
Fonte: ge