Futebol

Sem festa, sem vitória: Romário merecia mais

Na véspera do aniversário de Romário, só o próprio mereceu parabéns entre os cruzmaltinos. A festa no Giulitte Coutinho foi do América. O Baixinho, que havia avisado ao pai que iria \"ferrar o América\", jogou com a camisa que imortalizou na Colina, a 11 (apesar de ter recebido do Vasco uma camisa com o número 40), e marcou um gol, mas não foi suficiente. Quem comemorou foi seu pai, se Edevair, apaixonado pelo Diabo. Os sucessivos erros do Vasco na partida deram a vitória ao time da casa, por 2 a 1.
O início do primeiro tempo deve ter feito o Baixinho torcer o nariz. A quantidade de passes errados, de ambos os times, assustava. Um ou outro toque mais ousado que, na maioria das vezes, terminava no pé do adversário. Um espetáculo às avessas comandado por Fábio Baiano. As parcas ameaças do Vasco não se convertiam em gols e restava ao América tentar contra-ataques até conseguir abrir o placar, com Chris, aos 17 minutos, em gol absurdamente anulado pelo juiz.

Já nos 10 minutos finais ,o que se via ainda era Romário abrindo os braços e esperando um lampejo que nunca acontecia do estéril meio-decampo cruzmaltino. Parecia prever o que aconteceria aos 37 minutos: o merecido gol do América. Santiago, de falta, deixou o Diabo na frente.

Mas a festa era dele, do cara, do artilheiro que hoje completa 40 anos.

Aos 43, Romário empatou o jogo com seu gol no

- 950 (na sua contagem pessoal) e inflamou os vascaínos. Contagiou até Fábio Baiano, acertando sua primeira, e única, jogada, que por pouco não originou o gol da virada.

No segundo tempo os erros ainda eram mais evidentes que os acertos. O gramado não colaborava e o América, em casa e acostumado com os buracos, ameaçava mais.

Teve três chances até os 15 minutos. E, aos 16, a quarta só não entrou por um milagre de Roberto.

E a pressão continuou. Já no fim, Chris acabou decretou a vitória do América. Dizer que o Vasco não mereceu perder seria injusto, tão injusto quanto ver o Baixinho tentar comemorar no meio de tantos pernas-de-pau.

Fonte: Lance