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Seguranças do Fluminense afirmaram que não podiam ajudar assessora do Vasco

A confusão no jogo entre Fluminense e Vasco, pelo Carioca sub-20, não se restringiu à invasão de gramado no fim da partida. A assessora da base cruz-maltina, Sarah Borborema, relatou assédio e xingamentos de torcedores durante toda a manhã, ao ponto de não conseguir trabalhar.

- Quando cheguei no jogo ouvi uma das piores frases nesse tempo de profissão. Um torcedor do Fluminense, que seria facilmente identificado, berrou: "Sua gostosa, vou entrar em você como sua torcida entrou no gramado de São Januário". Outros começaram a me chamar de piranha. No intervalo do jogo, tive que levar um atleta para dar entrevista, e não paravam de me xingar. Foi um coro. Por medida de segurança me pediram para não ir mais. Não pude fazer meu trabalho - contou Sarah.

De acordo com a assessora, os seguranças do Fluminense afirmaram que não podiam ajudá-la.

- Na hora eu não queria acreditar que aquilo estava acontecendo. Não tive muita reação. Eu corri, comecei a andar mais rápido e falei com um segurança do Fluminense. Perguntei se eles estavam vendo o que estava acontecendo, e eles falaram que não podiam fazer nada. Voltei chorando para a porta do vestiário, todo mundo do Vasco me deu apoio, alguns funcionários do Fluminense também.

No fim da partida, torcedores do Fluminense invadiram o gramado para tentar agredir jogadores do Vasco, mas foram contidos pelos próprios atletas tricolores. Naquele momento, Sarah já estava longe da confusão.

- Fiquei com muito medo de ficar lá fora. Acabei ficando dentro do vestiário. Só a gente sabe como dói, o quanto é difícil fazer seu trabalho e ser xingada por diversas pessoas que não sabem o que você faz para estar ali.

Após o jogo, o diretor geral do Fluminense, Marcus Vinicius Freire, ligou para Sarah pedindo desculpas em nome do clube. O Tricolor deve soltar uma nota oficial em breve abordando o incidente.

Fonte: ge