Segundo turno do Brasileirão terá craques renomados no futebol
Talvez, tanto pelo grau de aleatoriedade como também pelas circunstâncias, a contratação que mais chame a atenção seja a do francês Dimitri Payet no Vasco. Aos 36 anos, o meio-campista estava sem clube desde que deixou o Olympique de Marselha, clube que é ídolo e chegou a receber proposta para atuar na comissão técnica, e chega ao cruz-maltino para vestir a camisa 10 que já fora de nomes históricos.
Com a responsabilidade de receber o maior salário da história do clube, Payet chega ao Vasco com contrato de dois anos e a a missão inicial de livrar o time da zona de rebaixamento. Atualmente, a equipe treinada por Ramón Diáz ocupa a penúltima colocação, com 12 pontos, seis a menos que o Bahia, primeiro time fora do Z4.
Mas mais do que só o cenário atual, Payet chega como a primeira grande contratação feita pela 777 Partners, empresa dona de 70% da SAF do Vasco. O francês será o meio-campista e camisa 10 que foi exaustivamente pedido pela torcida, até agora insatisfeita com o elenco planejado pela diretoria. Com técnica de sobra, resta saber como o jogador se adaptará fisicamente ao ritmo do futebol brasileiro e aos gramados, de qualidade abaixo dos europeus
São Paulo aposta em dupla de peso
Em situação muito mais confortável que o Vasco na temporada, o São Paulo conseguiu reunir uma dupla de peso para fortalecer o time de Dorival Jr. na briga pelos títulos da Copa do Brasil e da Sul-Americana. Lucas, revelado pelo tricolor, retornou ao clube aos 31 anos após passagens por PSG, Tottenham e seleção brasileira, e já foi até titular. No último domingo (13), o camisa 7 foi o destaque do tricolor contra o Flamengo. Foi dele o gol do São Paulo na partida.
A tendência, inclusive, é que Lucas comece entre os 11 no jogo decisivo da próxima quarta-feira, pela semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians, às 19h30, no Morumbi. Com contrato até o fim do ano, o atacante atuou até o fim da temporada europeia na Premier League e não deve ter problemas com a questão física.
Já James Rodríguez, de 32 anos e que estreou pelo São Paulo contra o rubro-negro no Maracanã, deve começar o clássico no banco. Contratado com alguns questionamentos externos em relação ao seu comprometimento com os objetivos do time na temporada e a forma física, James deu bons indicativos em sua primeira partida. O meia teve boa participação no segundo tempo e achou bons passes para os companheiros.
Valencia começa bem no Inter
Primeiro entre esses nomes a desembarcar no futebol brasileiro, o equatoriano Enner Valencia já fez oito jogos pelo Internacional. Se por um lado, os números não são tão expressivos — o atacante tem um gol e uma assistência no clube gaúcho —, dentro de campo a contratação se justifica a cada partida.
Nome escolhido para resolver o problema no ataque do Inter, que não teve tanto sucesso com Luiz Adriano e Alemão, Valencia marcou o gol colorado no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, contra o River Plate, em pleno Monumental de Nuñez. Além disso, técnico, mas também bem fisicamente, se mostra muito capaz de ajudar o time de Coudet com jogadas pelos lados do campo. Foi assim, por exemplo, que deu a assistência para Luiz Adriano marcar contra o Corinthians.
Dessa maneira, Valencia é fundamental para o Inter nos planos de conquistar o título da Libertadores. Nas quartas de final, o colorado enfrenta o Bolívar, de La Paz.
Diego Costa chega para somar no Bota
Talvez a contratação de Diego Costa chame mais atenção pelo momento e pela forma com que o Botafogo buscou o atacante, do que pelo nome em si. Multicampeão na Europa e com duas Copas do Mundo no currículo, o hispano-brasileiro teve passagem recente e vitoriosa no Brasil. Em 2021, foi campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão pelo Atlético-MG, com cinco gols e uma assistência em 19 partidas.
No entanto, o nome de Diego Costa não foi unanimidade entre os torcedores. Reverberou entre os botafoguenses o histórico anímico do atacante, que ficou caracterizado como jogador de pavio curto na Europa, além de questionamentos em relação a forma física. No entanto, internamente, essas dúvidas não perduraram. Bruno Lage, que trabalhou com o centroavante no Wolverhampton, da Inglaterra, no ano passado, foi grande entusiasta da contratação.
Dentro disso tudo, ficou em destaque o movimento do Botafogo em conseguir buscar um atacante renomado para suprir a ausência de Tiquinho Soares, artilheiro e craque do Brasileirão até aqui, que, com lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo, ficará fora até meados de setembro. Isto é porque, nas últimas janelas, foi característico do alvinegro contratar jogadores de certa forma desconhecidos do torcedor brasileiro, mas que se mostraram grandes acertos, como Segovinha, Di Placido, Adryelson, Perri, Eduardo e até o próprio Tiquinho.
Com o time na liderança do Brasileirão com 14 pontos de vantagem para o Grêmio, segundo colocado, e nas quartas de final da Sul-Americana, Diego Costa pode ser peça importante no rodízio de jogadores que Lage tem feito.
Fonte: Agência O GloboMais lidas
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