Secretário diz que futebol não se salva sem resolver dívidas
Secretário de Futebol do Ministério dos Esportes, Toninho Nascimento vem tratando de um assunto que para ele é primordial: a dívida dos clubes. O secretário acredita que sem resolver esse entrave, não há como pensar em revolução administrativa. No programa "Redação SporTV", além de explicar o empréstimo que o Banco Nacional de Desenvolvimento fez para construção de estádios, Toninho também deu detalhes do "Proforte", projeto de lei que visa refinanciar as dívidas dos clubes brasileiros (assista ao vídeo).
- Não se fala em anistia, mas sim em refinanciamento das dívidas. Existe um projeto no Congresso que se chama Proforte, que tem a troca do que o clube deve para a formação esportiva. O governo e os clubes têm uma tendência a achar que talvez não seja o ideal - afirmou.
Com a discussão das dívidas, outro tema levantado no programa foi quanto a comparação da qualidade dos dirigentes do passado e do presente. Toninho Nascimento acredita que o nível de hoje em dia melhorou. O jornalista André Fontenelle concorda, mas faz uma observação.
- Concordo que o nível dos dirigentes melhorou, mas isso não significa que deva anistiar a dívida dos clubes. Sem falar que o fato da atual geração ser melhor não significa que seja ótima. Ainda tem muita gente da velha guarda. E tem muita gente da velha guarda que quer voltar - comentou Fontenelle.
Contestado sobre o aumento das dívidas dos clubes com os empréstimos que o BNDES fez para construção ou reforma de estádios, Toninho Nascimento afirmou que isso precisará ser pago e que o governo só liberou tais quantias mediante apresentação de garantias.
- Isso é um contrato assinado entre o BNDES, prefeituras e governos estaduais. Não tem como não ser devolvido. Por que demorou o empréstimo para o Corinthians? Porque precisava de garantia. Arena da Baixada também. São estádios privados. O que mostra preocupação do governo com relação a isso, é que foram os empréstimos que mais demoraram a sair - respondeu.
O secretário de Futebol do Ministério dos Esportes também ironizou as reclamações acerca dos projetos de financiamento das dívidas dos clubes.
- O futebol tem esse lado engraçado. Todo mundo torce para um time, mas quando um clube de futebol precisa de ajuda, o mundo cai na sua cabeça, como se o resto da economia não tivesse (precisando de ajuda) - relatou.
Fonte: Sportv.com- SuperVasco