Futebol

São Januário é decisivo para Vasco no Brasileiro

É com a força de São Januário que o Vasco contará para saltar na tabela do Brasileirão e entrar na briga por uma vaga na Libertadores do ano que vem, ou até mesmo pelo título. Atualmente na nona colocação, o time enfrentará Palmeiras, Ipatinga, Sport e Goiás em casa. Ou seja, das próximas seis rodadas, quatro serão disputadas na Colina Histórica. Aliás, das seis, cinco acontecerão no Rio de Janeiro, já que jogará como visitante contra o Flamengo, no Maracanã - na outra partida enfrenta o Figueirense, no Orlando Scarpelli.

Na era dos pontos corridos, disputada desde 2003, São Januário já foi palco de jogos que decidiram o destino do próprio Campeonato Brasileiro ou foram de vital impotância para o time. A primeira "decisão" aconteceu em 2004. O Vasco lutava para não cair naquela edição da competição nacional. O adversário não poderia ser pior: o Atlético Paranense, que brigava com Santos para ficar com título.

O triunfo veio com um gol do zagueiro Henrique e o Furacão ficou mais distante do bicampeonato brasileiro. Já o Vasco se livrou do perigo de rebaixamento.

Um ano depois, em 2005, o estádio favoreceu o craque Romário. Em 4 de dezembro, Vasco e Paraná se encontraram no estádio pela última rodada. Romário marcou dois gols, o Vasco venceu por 3 a 1 e o Baixinho desbancou Róbson, do Paysandu na época, e foi o artilheiro do campeonato com 22 gols.

Em 2006 a disputa era para entrar na zona de classificação da Libertadores. O time comandado por Renato Gaúcho enfrentou o Santos na penúltima rodada e uma vitória garantiria o clube na competição internacional do ano seguinte. Em um jogo muito contestado por parte dos vascaínos, que reclamaram de dois pênaltis não marcados por Leonardo Gaciba, os cariocas empataram em 1 a 1 com Peixe e deixaram para decidir contra o Figueirense, em Florianópolis. O empate em 0 a 0 com os catarinenses acabou com o sonho de voltar a Libertadores depois de cinco anos fora.

Outra vez Romário foi o foco dos holofotes do estádio. Em 2007, o Baixinho lutava árduamente em busca da marca de 1000 gols. E nada melhor que o lugar onde foi criado para conseguir o feito. No jogo contra o Sport, em 20 de maio, um pênalti aos dois minutos do segundo tempo deu ao Gênio da Grande Área a oportunidade que precisava para alcançar a marca. O gol e o feito acabaram lhe rendendo uma estátua no estádio, atrás do gol em que as redes foram balançadas por ele naquela noite.

Mas não foi apenas positivamente que o Caldeirão, como é chamado pela torcida, ficou marcano no ano passado. Uma seqüência de 11 jogos sem derrotas em casa fez o Vasco se manter entre os cinco primeiros colocados durante grande parte do Brasileiro. Porém, em um jogo contra o São Paulo, na 25ª rodada, aconteceu o pior. Derrota para os paulistas, que terminariam a competição como campeões, por 2 a 0 e queda livre. Foram mais três derrotas no estádio contra Cruzeiro, Juventude e Internacional e o sonho de voltar a Libertadores mais uma vez foi adiado.

Agora, a sorte vascaína pode ser diferente. O estádio volta a ser um forte aliado na campeonato e pode ajudar o time com o embalo da torcida. Basta esperar para ver se a equipe corresponderá.

Fonte: Lancepress