Futebol

São Januário: da festa funk a dias de muita tensão

O clima foi tenso no dia seguinte da derrota para o Flamengo. Em São Januário, não se ouvia mais o funk durante o treino e o silêncio só não era absoluto porque alguns integrantes da torcida nova organizada Ira Jovem foram ao estádio pedir mais empenho ao time. Os morteiros, soltados antes para festejar, foram disparados em forma de protesto nos arredores do estádio.

Os jogadores não foram poupados e ouviram poucas e boas até de torcedores que não estavam ligados à organizada. Valdiram, um dos piores em campo no jogo contra o Flamengo, foi um dos mais visados. Ao se dispor a dar autógrafos à crianças perto da grade, recebeu duras críticas. \"Dar autógrafo é fácil, quero ver é fazer gol\", disparou um vascaíno mais exaltado. Mais tarde, quando saía do clube, o atacante, ao ouvir os estouros dos morteiros, mostrou-se assustado com o que se passava. \"Não estou com medo\", disfarçou o jogador que demorou a sair da parte destinada à musculação, demostrando um certo temor com o que estava acontecendo.

O Capetinha também aparentava tensão ao deixar o clube. Apesar de não ter sofrido insultos, o jogador chegou mencionar que iria para casa de táxi. No fim, o baiano acabou mesmo partindo de carona em um carro cujos vidros todos eram enfumesados.

A imprensa também foi muito criticada por alguns torcedores. Para eles, alguns segmentos da mídia estão contra o clube.

Fonte: Jornal dos Sports