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Sampaoli x Ramon. O duelo que fecha a rodada do Brasileirão

Em tempo que o técnico do Atlético mantém o bom desempenho do início do projeto no clube mineiro, treinador vascaíno quer voltar ao bom começo

Foto: Fonte: imagem do O TempoSampaolismo x Ramonismo
Sampaolismo x Ramonismo

Os trabalhos de Jorge Sampaoli e Ramon Menezes no Campeonato Brasileiro beiram a semelhança. Principalmente no início de seus respectivos projetos. E as principais características são a maneira de jogar a cada jogo de acordo com o adversário e a capacidade de evolução das individualidades em meio à coletividade.

Através da maneira de jogar, do trato com os jogadores no dia a dia, atletas que antes estavam em baixa na equipe ou sem moral com a torcida se tornaram destaques e viram seus desempenhos evoluir consideravelmente a cada partida.

Ramon Menezes resgatou o futebol do volante Henrique e do meia Felipe Bastos, que chegou a marcar gols importantes no início do Brasileiro. Ambos eram criticados pela torcida vascaína e deram a volta por cima por conta do estilo de jogo do treinador.

No Vasco, Ramon Menezes joga de acordo com o adversário. É comum ver escalações diferentes a cada partida, com atletas fazendo funções diferentes do que vinham fazendo com outros treinadores. 

Ramon já escalou Ricardo Graça pela direita da zaga, Yago Pikachu atacando como meia, Vinícius como ponta aberto, mudou posicionamentos de Benítez e Talles em alguns jogos, escalou três volantes em outros, e até o lateral Neto Borges já foi titular no meio-campo em uma partida contra o Ceará.

No Galo de Sampaoli, em que pese que a escalação sempre é diferente em cada jogo e que o Atlético também atue de acordo com o adversário, o time mineiro não abre mão da posse de bola e do ataque, tudo isso, num jogo posicional.

Ramon Menezes também é adepto à ofensividade de sua equipe, porém, consegue alternar e cadenciar a partida conforme o adversário se posta em campo.

Diferenças

Assim como o Ramonismo, o Sampaolismo começou muito bem, com grandes resultados. Mas a principal diferença dos trabalhos atualmente é a manutenção do desempenho das equipes. Enquanto o Atlético lidera o Campeonato Brasileiro sendo o melhor mandante e com um futebol em constante evolução, o Vasco acumula quatro jogos sem vitórias e lamentando uma eliminação recente para o rival Botafogo na Copa do Brasil.

O momento do Vasco é o pior sob o comando de Ramon. Além da eliminação na Copa do Brasil, o time marcou gol em um jogo nos últimos quatro. É o quinto no campeonato nacional, mas passou a oscilar, perdendo jogos para times da parte de baixo (Atlético-GO e Coritiba). Possui o segundo melhor ataque do Brasileiro, com 16 gols, o que corresponde à ideia de ofensividade da mentalidade do treinador. E para o duelo contra o Galo, neste domingo (4), às 20h30 (de Brasília), no Mineirão, Ramon terá o que ele considera de força máxima ofensiva com Vinícius, Benítez, Thalles Magno e Cano.

Outra diferença entre o trabalho atleticano e o vascaíno são os reforços. Além do tamanho discrepante de investimentos entre os clubes, o acerto nas contratações estão pesando para que o Vasco não mantenha o bom desempenho inicial. Para o segundo semestre, o Vasco contratou Marcelo Alves (zagueiro), Neto Borges (lateral-esquerdo), Carlinhos (meia), Guilherme Parede (atacante) e Ygor Catatau (atacante). Nenhum virou titular.

Pelo lado do Galo, o zagueiro Alonso, o volante Alan Franco, o atacante Keno e o goleiro Éverson fazem parte de uma equipe-base que começa a se formar no Atlético.

Fonte: O Tempo