Futebol

Saiba por onde anda Guilherme, antigo atacante do Vasco da Gama

Christian defende a Portuguesa e tem sido envolvido em constantes especulações sobre um interesse do Corinthians. Tuta passou pelo Figueirense no início deste ano e trocou o time catarinense pelo São Caetano. Luizão, que estava na equipe do ABC, rescindiu seu contrato e ainda procura nova oportunidade. Com a longevidade de centroavantes de sua geração, Guilherme chamou atenção quando foi contratado pelo Marília para atuar fora dos campos. 

Atualmente com 33 anos - nasceu no dia 5 de agosto de 1974 -, Guilherme iniciou na temporada passada um estágio na comissão técnica do Marília. Depois, passou a auxiliar do comandante Ruy Scarpino, trabalhando diretamente na montagem do elenco e nos treinamentos. Agora, o ex-centroavante se vê diante de um novo desafio.

A diretoria do Marília dividirá seu elenco no segundo semestre deste ano. A idéia é que um time dispute a Série B do Campeonato Brasileiro, com o comando de Scarpino, e outra equipe represente o clube na Copa Federação Paulista de Futebol. Se tudo correr como o planejado, esse grupo será comandado por Guilherme.

"Eu não gosto de falar das coisas antes de serem concretizadas, mas isso está praticamente certo. Eu prefiro esperar para dizer com certeza, mas o caminho deve ser esse", contou o ex-jogador em entrevista exclusiva ao Pelé.Net.

A carreira de Guilherme como jogador começou no próprio Marília, em 1993. No mesmo ano, o centroavante se transferiu para o São Paulo e participou da vitoriosa campanha na Copa Libertadores. Depois disso, o jogador passou também por Santa Cruz, Rayo Vallecano (Espanha), Grêmio, Vasco, Atlético-MG, Corinthians, Al Ittihad (Arábia Saudita), Cruzeiro e Botafogo.

Há pouco mais de um ano, depois de uma incursão apagada pelo Central-PE, Guilherme decidiu encerrar a carreira de atleta e iniciar uma trajetória para se tornar treinador - função pela qual o atacante revelou ter um interesse antigo. Antes disso, porém, o ex-centroavante reservou um período para viajar e curtir a aposentadoria.
No Marília, Guilherme teve um novo começo. E aos poucos, de forma empírica, foi utilizando as vivências que teve com diferentes treinadores ao longo da carreira como atleta para moldar seu perfil na nova função.

Pelé.Net - Como foi seu início no trabalho de auxiliar e como você tem se preparado para a possibilidade de se tornar treinador ainda neste ano?
Guilherme - Eu comecei o trabalho no Marília há quase um ano, como estagiário. Depois passei a auxiliar e venho desenvolvendo essa função. Sobre o começo como treinador, uma hora eu tenho de começar. Sabia que esse momento chegaria e estou tranqüilo. Eu me preparei para isso.

Pelé.Net - Haverá uma divisão no elenco do Marília para o segundo semestre, com um time para a Série B do Brasileiro e outro para a Copa Federação Paulista de Futebol? Se houver, você comandará a segunda equipe?
Guilherme - Eu não gosto de falar das coisas antes de serem concretizadas, mas isso está praticamente certo. Eu prefiro esperar para dizer com certeza, mas o caminho deve ser esse.

Pelé.Net - Por que o Marília? Há alguma coisa especial para você ter voltado ao clube em que iniciou a carreira?
Guilherme - Eu tenho muitos amigos aqui em Marília e precisava de uma oportunidade. Liguei para o presidente do Marília [José Roberto Duarte de Mayo], que é meu amigo também, e ele abriu as portas para esse meu começo.

Pelé.Net - Como foi o período de transição da função de jogador para treinador? Em que momento você decidiu que seguiria esse novo cargo?
Guilherme - Eu decidi parar e depois fiquei um ano descansando. Fui viajar com a minha esposa e curtir um pouco, mas já sabia que seria treinador. Sempre soube. Essa é uma área que me interessa muito.

Pelé.Net - Você fez algum curso antes de iniciar o trabalho como treinador ou aposta mais no conhecimento que adquiriu quando era atleta?
Guilherme - Eu fui direto para a prática, mesmo. É necessário fazer um curso e eu vou fazer, mas a base que eu tenho usado é muita leitura. Eu procuro acompanhar todas as coisas novas que aparecem. Além disso, assisto a todos os jogos que posso para coletar informações e ver o comportamento dos técnicos.

Pelé.Net - Há algum dos treinadores que comandaram você que sirva como exemplo na nova carreira?
Guilherme - Quanto a isso eu posso falar que tive muita sorte na carreira. Eu trabalhei com Telê, Luxemburgo, Abel, Levir Culpi, Parreira, Leão... Sempre fui cercado por profissionais importantíssimos. Por isso, consegui aprender um pouco em cada uma das passagens e procuro juntar todas as coisas boas para formar o meu estilo.

Pelé.Net - Você já conseguiu se dissociar da visão que tinha quando era jogador e enxergar o trabalho como comandante?
Guilherme - Ah, as coisas mudam. Uma coisa é ser comandado e outra é comandar. Sua visão e sua atitude têm de mudar e eu precisei passar por isso. Mas hoje em dia há uma coisa mais fácil, que é o perfil dos atletas. Não existe mais aquele cara que é só jogador. Eles são atletas profissionais e precisam ser cobrados como tal.

Fonte: Pelé.Net