Saiba o que consta em recurso apresentado pelo Vasco ontem no STJD
Na ação entregue na noite desta quarta-feira pelo Vasco no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o clube aposta na insegurança exposta na briga que paralisou o jogo marcado para a Arena Joinville. No documento, o departamento jurídico vascaíno reforça a responsabilidade do Atlético-PR na realização da partida sem policiamento e também responsabiliza o árbitro pelo que considera um descumprimento do regulamento da CBF. Nas diretrizes da confederação, o árbitro poderia adiar, interromper ou suspender a partida após aguardar 30 minutos pelo fim do motivo da paralisação da partida, acrescidos de mais 30 minutos. O jogo, ao todo, ficou parado 73 minutos. Com a intenção de provar falta de preparo e de medidas minimamente prudentes do Atlético-PR em oferecer segurança a todos no estádio, o Vasco espera ser declarado vencedor da partida no tribunal. E desta forma, somar três pontos e evitar o rebaixamento.
Segundo a ação do Vasco, a realização da partida representou um "total descumprimento do Regulamento Geral das Competições (RGC) pelo árbitro da partida". Na defesa de seus argumentos, o clube carioca cita no documento que a falta de policiamento no estádio de Joinville tornava "absolutamente temerária e ilegal" a decisão do juiz de iniciar a partida e depois reiniciá-la, ainda mais após as violentas brigas nas arquibancadas da Arena.
O Vasco espera para a semana que vem o julgamento do caso. No entendimento do departamento jurídico do clube, a falta de policiamento, somado aos acontecimentos da partida, que ficou paralisada por mais de uma hora aos 17 minutos, obrigava o árbitro a suspender o jogo. O clube também se orienta pela própria súmula do juiz, que cita não ter havido mais qualquer incidente até o fim do jogo, mas relata que os torcedores atleticanos arremessaram uma peça de torneira metal perto de um dos assistentes e ainda que vascaínos jogaram pedras no goleiro Weverton - ambas ações na segunda etapa. Em relato dos dirigentes vascaínos, o juiz foi coagido por representantes do Atlético-PR e da CBF para forçar o reinício do jogo. O Vasco alega também que o juiz avisou que colocaria abandono de partida na súmula, caso o time saísse de campo.
- O árbitro dizia no início, quando descemos para o campo, que queria acabar o jogo. Tinha medo de assumir a responsabilidade pelo que pudesse acontecer. Na verdade, todo o clima estava criado desde antes do jogo pelo (Mário Celso) Petraglia. Ele botou fogo no jogo a semana inteira, parecia que queria que acontecesse isso - lembrou o vice-presidente de futebol do Vasco, Ercolino de Luca.
Fonte: ge