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Saiba mais sobre Jaguaré, o primeiro goleiro a fazer um gol

Jaguaré, goleiro que jogou de 1926 a 1939, época do amadorismo, foi uma figura ímpar no futebol brasileiro e mundial. Realizou três jogos pela Seleção em 1928 e 1929. De 1928 a 1931 jogou pelo Vasco. Em 1929, o Vasco, campeão carioca, foi excursionar pela Europa. Jaguaré tanto se encantou com o profissionalismo europeu que foi jogar pelo Barcelona de 1932 a 1933. Em 1934 e 1935 jogou no Corinthians e em 1936 foi para o Olimpique da França, onde ficou até 1939 como um grande ídolo.

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Dado a seu temperamento brincalhão, desde o início da carreira no Vasco, já havia feito algumas brincadeiras tais como: após defender o chute do atacante com somente uma mão, jogou a bola contra a sua cabeça para novamente fazer a defesa; dava chapéu, com a mão, claro, nos atacantes adversários quando dos escanteios e por aí a fora. Brincadeiras essas que repetiu na Europa e que o levava a ser uma grande atração.

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Certa feita, defendeu, de bicicleta, um ataque adversário, ato pelo qual quase foi expulso do clube. Mas, o grande momento da sua curta carreira se deu na decisão da Copa da França, em 22/06/1938, quando o Olimpique jogava com o Metz. Seu time perdia por 1 x 0 quando aconteceu um pênalti a favor do Olimpique. Jaguaré bateu e empatou o jogo. Foi o primeiro goleiro a fazer um gol de que se tem notícia. O Olimpique fez 2 x 1 e, aos 28 do segundo tempo, defendeu um pênalti e seu time foi o campeão. Após o término da partida, o presidente francês foi cumprimentá-lo.

“Antes de se projetar no cenário futebolístico como goleiro, Jaguaré foi lateral, ponta, meia e centroavante. Nas peladas do Cais do Porto, lugar em que trabalhava, foi descoberto pelos jogadores Espanhol e Peixoto que o levaram para jogar pelo extinto Pereira Passos, mais tarde ambos foram para o Vasco e Espanhol novamente levou Jaguaré com ele em 1928. Na Colina Histórica começava o reinado de Harry Welfare, inglês tradicional que gostava de ver seus jogadores bem vestidos, Jaguaré, nesse quesito, deixava a desejar na opinião de Welfare: usava boné de marinheiro, camisa fora do calção e meias arriadas.

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Assim era Jaguaré, e os estádios enchiam para ver suas defesas e deliciarem-se com o modo moleque como atuava. Ficou na lembrança de todos o seu modo de defender a bola, a “bichinha” em suas palavras, a girava com a mão e depois a equilibrava na ponta do dedo. Jaguaré também era bom com os pés, seu chute era mais certeiro e mais potente do que muitos atacantes e ele, claro, se vangloriava disso. Morreu na cidade de Santo Anastácio em 1940, segundo alguns por seqüelas de uma briga, mas seu nome ficará na história como uma das maiores lendas do futebol brasileiro e um dos maiores goleiros do país”.

Jaguaré


Nome: Jaguaré Bezerra de Vasconcelos
Apelido: Babilônia, Dengoso e Le Jaguar
Nascimento: 14/07/1905 – Rio de Janeiro/RJ
Falecimento: 27/10/1940-Santo Anastácio-SP
Posição: Goleiro

Fonte: Ídolos do futebol