Romulo faz balanço da carreira e elogia elenco do Vasco
O sonho de todo jogador é estar em um time grande. Alguns conseguem, mas sem sequer serem notados, saem pela porta de trás. Por sorte, talento e competência, não foi o que aconteceu com uma das maiores revelações do Vasco nos últimos tempos.
Rômulo Borges Monteiro, ou simplesmente Rômulo, de apenas 21 anos, saiu da cidade de Picos, no Piauí, com 14 anos, para conquistar o Brasil. Antes da chegada ao Rio de Janeiro, um pit stop em Pernambuco, para atuar pelo Porto de Caruaru. De lá, no final de 2009, veio por empréstimo ao Vasco, mas antes, uma rápida passada pela Europa.
Foi uma passagem bem rápida. Meu empresário queria me levar para conhecer times na Europa. Passei uma semana no Benfica, mas infelizmente não deu certo, mas hoje, graças a deus, estou muito feliz no Vasco, afirma Rômulo.
O volante chegou no final de 2009, no que talvez seja um dos anos mais tristes da história do Vasco. A equipe disputava a Série B do Brasileiro, competição que acabou conquistando posteriormente.
Adaptação
Dezenove anos, cidade nova, sem conhecer muita coisa. Assim foi Rômulo em sua chegada ao Rio de Janeiro. Mas não saber muito sobre o novo lugar que ele iria morar, não era o maior problema.
Foi muito difícil, principalmente porque eu tenho uma filha (Nicole, nascida em 2008). No começo passei três meses longe dela e foi muito complicado. Depois, graças a Deus pude trazê-la para perto de mim e aí as coisas começaram a melhorar, disse Rômulo.
Elenco do Vasco
Jovem, Rômulo coloca jogadores experientes como Eduardo Costa e Nílton no banco. Mas pra quem pensa que existe alguma rivalidade entre eles, o volante do Vasco trata logo de esclarecer.
O Eduardo Costa é muito experiente, jogou muito tempo na Europa. Ele me dá muitos conselhos, sempre chega em mim e fala em termos de posicionamento. É isso que se faz um grupo forte, um ajudando o outro, independentemente de quem esteja jogando ou fique no banco. Além disso, tenho também uma relação muito boa com Felipe e Juninho. Os caras são muito gente boa, descontraídos, mas não só eles mas o Eder Luís, o Dedé, o Allan e o FeLlipe Bastos também. A gente está muito unido, tem uma amizade muito boa e isso acaba refletindo dentro de campo também, disse Rômulo.
100º jogo com a camisa do Vasco
Recentemente, no primeiro jogo contra o Lanús, em São Januário, pelas oitavas de final da Copa Santander Libertadores, Rômulo completou seu 100º jogo pelo Vasco. Mas para a tristeza do volante, não foi bem como ele queria. Além disso, ele não pôde jogar com uma camisa comemorativa, como normalmente acontece no futebol, porque a Libertadores tem uma numeração fixa de 1 a 25, que deve ser obrigatoriamente utilizada.
Não foi muito bom me machucar no meu 100º jogo. Fiquei em campo pouco mais de 40 minutos. Tive um problema no adutor, mas não abaixei a cabeça e no próximo jogo já procurei estar bem e ajudar minha equipe.
Momento mais marcante
Todo jogador tem algum lance ou momento que guarda como o mais marcante. Apesar de estar ainda no início, Rômulo já guarda com carinho uma partida pelo Vasco. Engana-se quem pensa que foi o título da Copa do Brasil.
Momento mais marcante com a camisa do Vasco foi em 2010, um jogo contra o Grêmio Prudente. Nossa equipe não estava bem e perdíamos por 1 a 0. Naquela época brigávamos pra não cair e pude fazer dois gols, que nos livraram totalmente do rebaixamento. Foi um momento marcante pra mim onde pude aprender bastante também, disse o volante.
Seleção
Para tristeza da torcida vascaína, Rômulo vai desfalcar o Vasco nas próximas três rodadas do Brasileirão, contra Portuguesa (26 de maio), Náutico (06 de junho) e Bahia (10 de junho). O jogador estará no grupo do técnico Mano Menezes para quatro amistosos da Seleção. Dia 26 de maio, contra a Dinamarca (em Hamburgo, Alemanha), dia 30, contra os Estados Unidos (em Washington, EUA), dia 03 de junho, contra o México (em Dallas, EUA) e no dia 09, contra a Argentina (em Nova Jersey, EUA). Diferentemente do Santos, o Vasco não vai pedir a liberação do atleta, caso avance de fase na Libertadores.
Perguntado se já se sente com um pé na Olimpíada de Londres, o volante foi cauteloso em sua resposta.
Não me acho com pé em Londres ainda. Tenho muito que percorrer. Vou viajar pra esses quatro amistosos, ajustar um pouco e, se tiver oportunidade, vou procurar agarrá-la, porque pode ser a última chance de participar de um grande campeonato que é a Olimpíada.
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