Futebol

Romário e Edmundo evitam comentar sobre a volta da dupla no Vasco

O esperado encontro entre Romário e Edmundo na final da Taça Rio de Futebol Soçaite, na quarta-feira à noite, não ocorreu. Não que os dois não tenham ido ao evento.

Pelo contrário. Mas o que mais chamou a atenção foi a distância entre as duas maiores estrelas da festa.

Não houve um aceno, um cumprimento à distância que fosse entre os dois.

Demonstrando bom humor, Edmundo chegou ao local da final entre o seu time, o Panela, e o Caça e Pesca, de Romário, com antecedência. Mesmo que não pudesse jogar, já que está com uma lesão no tornozelo direito, solícito, ele atendeu à imprensa e tirou fotos com fãs. E nem mesmo se furtou a falar sobre Romário, que ainda tinha presença incerta e a quem poderá ser subordinado caso volte mesmo ao Vasco.

– É indiferente (Romário ser o técnico). Eu nunca escolhi o treinador. Na verdade, os treinadores é que escolhem. Então, não atrapalha em nada. Sou um cara que cumpro rigorosamente com as minhas obrigações e não tenho problema algum com A, B ou C – afirmou.

Minutos depois, Romário, trajando uniforme , passou perto de onde estava o Animal e seguiu para dentro do campo. Não houve nem contato visual entre as feras. Quando as equipes já estavam prontas, Edmundo sentou-se em uma cadeira próxima à grade para incentivar seu time.

E a torcida parece ter dado certo, já que o Panela venceu por 7 a 2. Incomodado, Romário saiu em silêncio e, ao ser questionado sobre a presença de Edmundo, o Baixinho disparou: – Pergunta para ele – disse.

E Romário, o técnico, caminhou para um lado. Edmundo, o provável jogador, ficou em outro. Pelo menos, por enquanto.

Professor Baixinho aflora

Técnico e jogador do Vasco em 2008, Romário deu uma pequena demonstração do que poderá vir por aí.

O Baixinho entrou em campo e cumprimentou os companheiros. Mas quando viu o Panela abrir 3 a 0 no placar, o técnico aflorou. Com gestos, pedia ao time para tocar mais a bola e reclamava. Quando não recebeu um passe após mais uma tentativa frustrada da equipe, ele berrou: – Quando é que eu vou receber a bola aqui, pô?! – indagou.

Logo depois, o Baixinho sofreu pênalti e cobrou com categoria para diminuir. E o primeiro tempo chegou ao fim. No intervalo, o Baixinho não poupou broncas aos jogadores.

Pediu mudança de atitude para não sofrer uma goleada ainda maior. Na volta para o campo, o técnico-jogador foi indagado pelo humorista e vascaíno Chico Anysio, que assistia à partida à beira do campo.

– O outro time é muito melhor, dá até pena! – disse Chico, no que Romário, sorrindo, retrucou: – Os garotos estão meio atabalhoados, mas vão se acertar.

Em vão. O Panela venceu por 7 a 2 e levou o título. E, chateado, professor Romário saiu calado.

Bate-bola - Edmundo, ATACANTE

Informações dão conta de que seu retorno a São Januário está bem próximo. É verdade?

É uma coisa bem diferente disso aí. Falta o básico só, né! O Vasco fazer uma proposta e eu aceitar.

O seu carinho com o Vasco pesa ao analisar uma proposta?

Sem dúvida, pesa bastante. É sempre melhor estar na sua casa, no seu habitat natural, no lugar que você gosta.

E como foi a conversa com Euriquinho, filho do presidente interino do Vasco?

Tivemos uma conversa, sim, porque se falava muito que o Vasco, na figura de seu presidente, não gostava de mim, e que eu não gostava do presidente. Isso não é verdade. Eu gosto dele, ele gosta de mim. Mas proposta para jogar lá não existe.

E as arestas foram aparadas?

Havia realmente uma distância, um receio de ir ao Vasco, levar meu filho e ser barrado. Como eu comentei antes, eu tinha medo. E depois dessa conversa, não. As portas ficaram abertas.

Quais, então, são as pendências para você voltar ao Vasco?

Não dá para ser amigo num dia e, no outro dia, estar de um lado e o outro, do outro, na frente do juiz. É um empecilho enorme. Mas há outro também. Para jogar em algum clube, o mesmo deve me procurar e fazer uma proposta. A não ser que eu seja muito antigo e hoje isso seja diferente.

Fonte: Lance