Romarinho: Treinar é com ele mesmo
A camisa é a mesma do pai, a de número 11. Mas, ao contrário de Romário, acordar cedo e treinar não parecem ser problemas para Romarinho. Aos 14 anos, jogando no infantil do Vasco, o filho do Baixinho já tem um gol marcado pelo clube, mas espera balançar as redes muitas outras vezes e não hesita em responder se o pai, já aposentado, pode ter um substituto: “Eu! Vou treinar para isso”.
A aposentadoria do pai, aliás, teve o seu apoio. “Ele já fez a história dele, tem que dar chance para os outros. Já estava na hora. Ele já está mais velho e tem que deixar os outros jogarem”, opina Romarinho, que ganhou a honra de jogar com a camisa 11, imortalizada no Vasco.
Do Baixinho, ele garante ter herdado o estilo de jogo. “Jogo lá na frente, assim como ele. Fico na área, mas quando a bola chega, eu vou atrás dela”, comenta, tentando seguir os conselhos do pai: “Como eu sou pequeno e não sou tão forte quanto os outros garotos, ele diz para eu me movimentar bem, para não levar desvantagem”.
Conselhos também são dados fora dos campos. “Ele e minha mãe cobram dos estudos, mas eu não gosto muito. Costumo tirar nota 6”, conta ele, aluno do oitavo ano do Colégio Vasco da Gama, em São Januário. Já dos treinos, ele não reclama. “Acordo cedo, às 6h, e vou para São Januário, para treinar lá em Caxias. Só não gosto de correr”.
Pelo salão, onde começou a jogar em 2000 no Vasco, Romarinho já perdeu a conta de quantos gols fez. Mas, no campo, a lista está só começando. “Fiz dois gols na Copa Juventude, ano passado, mas estava impedido. Na verdade, não estava, mas fazer o quê?”, lamenta.
O primeiro gol mesmo foi marcado no início deste ano, na Copa Gazetinha, no Espírito Santo, na goleada de 4 a 0 do Vasco sobre o Pedra da Cebola (ES). “O goleiro cobrou uma falta na lateral, chutou rasteiro e a bola sobrou para mim no meio-campo. Eu levantei direto para o gol”, recorda, entusiasmado.
Marcar mais 999 vezes parece ser uma missão impossível, mas ele espera, pelo menos, ter uma lista de respeito. “Não sei se eu vou conseguir, mas vou tentar. É muito gol que meu pai tem”, admite, elegendo o melhor de todos: “Foi contra o Uruguai, no Maracanã, quando ele botou a bola na frente do goleiro, que ainda tentou dar um soco”.
Romarinho, curiosamente, nasceu um dia depois daquela partida, em 20 de setembro de 1993, em Barcelona. E, desde que se entende por gente, só pensa em bola. “Gosto de futebol desde que nasci e, quando não estou no campo, estou jogando no computador ou no video game”, conta ele, que também se arrisca no futevôlei, na Praia do Pepê, perto de casa.
Se herdou ou não a fama de namorador do pai, ele desconversa. “Já tive namorada, mas agora estou solteiro”, diz, mostrando que o hip hop, estilo preferido de Romário, não é a sua praia: “Gosto de pagode, como Exaltasamba, e de funk”.
Mas, para ser um Romário, ele já sabe qual a herança quer ter: “Quero fazer gols, ter a qualidade do passe e me movimentar como ele”.
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