Rodrigo Caetano explica estratégia do Vasco para se reforçar
Empréstimo com opção de compra, término de contrato ou investimento de algum parceiro. Estes três pilares, que foram a base nos últimos três anos, continuarão sendo a estratégia de contratações do Vasco, agora projetando a temporada de 2012.
Tal fórmula foi quase uma obrigação em 2009 ao clube, mergulhado em uma crise financeira e rebaixado à Série B. Sem muitas opções, o diretor executivo, Rodrigo Caetano, viu neste caminho a chance de montar uma equipe competitiva para o objetivo do acesso.
De volta à Série A, mas ainda com limitações no que se refere a verbas, o clube seguiu apostando nessa linha em 2010 e pôde colher frutos em 2011, sendo campeão da Copa do Brasil, vice do Brasileiro e semifinalista na Sul-Americana.
Apesar de o Vasco já estar mais estabilizado financeiramente, Rodrigo Caetano continuará nesta filosofia, que deu resultados como Dedé, Rômulo e agora Bernardo, que será adquirido em definitivo.
- O Vasco ainda não tem essa capacidade de aquisição. Estamos adquirindo o Bernardo, pois deu certo. Às vezes, se faz uma aquisição de um jogador que ainda não vestiu a camisa e você corre o risco de estar fadado ao insucesso. Não temos dinheiro para isso. Vamos para o quarto ano com esta fórmula. Todos, primeiro, vestiram a camisa do Vasco, depois, apresentando resultados, entramos com a parte financeira.
BATE-BOLA
Rodrigo Caetano
Diretor executivo do Vasco
LANCE!: Em 2009, você alegava que muitos jogadores não queriam jogar pelo Vasco. Agora isso mudou?
Rodrigo Caetano: Mudou muito. Quando o Vasco caiu, todo mundo olhava com desconfiança e era assim que trabalhávamos. Depois, com os resultados, os jogadores passaram a querer permanecer no Vasco. Isso foi importante e passou aquela segurança para quem estava fora. Antes, alguns ligavam e perguntavam se o Vasco pagava. Esse rótulo foi deixado de lado. Em 2012, se projeta maior estabilidade financeira.
L!: E a qualidade de jogadores oferecidos também mudou?
RC: Antes, direcionavam ao Vasco jogadores de segunda linha, agora não. Uma coisa que vale lembrar é que nesses três anos caminhamos também na melhoria da estrutura física, e isso, queira ou não, eleva a autoestima dos jogadores. O Vasco está sempre em obras.
L!: E dentro desta melhora de quadro é possível sonhar com a compra de um grande jogador, fora desta filosofia adotada?
RC: Na questão de aquisição, ainda não temos recurso por um grande nome. Preferimos ter vencimentos em dia e estamos mantendo a filosofia. Mas mudou muito, acho que a imagem foi recuperada.
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