Futebol

Rodrigo Caetano descarta busca por novo treinador no Vasco

A saúde de Ricardo Gomes permanece em risco depois de ter sofrido um AVC no último domingo, mas o Vasco tem uma certeza. Ele ainda é o treinador da equipe. O diretor-executivo de futebol cruz-maltino, Rodrigo Caetano, deixou claro que ainda não há qualquer busca por um substituto. Na partida contra Ceará, nesta quarta-feira, a equipe será comandada pelo auxiliar do treinador, Cristóvão Borges.

- O Cristóvão vai ficar até que haja outro prognóstico. E como pensamos sempre positivamente, temos certeza de que o Ricardo continuará conosco. O trabalho segue da mesma forma, apesar de o comandante não estar no nosso dia a dia. Mas a metodologia será a mesma - frisou.

O Vasco se reapresenta em São Januário na manhã desta segunda-feira, em São Januário, para iniciar a semana de treinos visando ao jogo contra o Ceará, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. O lateral-direito Fagner e o volante Jumar cumprem suspensão automática, pois levaram o terceiro cartão amarelo no empate em 0 a 0 com o Flamengo, no último domingo.

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Entenda o caso

O comandante vascaíno se sentiu mal por volta dos 20 minutos do segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, neste domingo, no Engenhão. Ele foi levado, inicialmente, para o centro médico do estádio, e, em seguida, encaminhado para o hospital.

Clóvis Munhoz explicou que a hemorragia provocou um grande coágulo na região temporal do cérebro. A cirurgia foi feita para retirada deste sangue coagulado, reduzindo a pressão cerebral. No momento em que aconteceu a hemorragia, a pressão arterial do treinador era de 19 por 12. O normal é 12 por 8.

Para Clóvis, o que aconteceu com Gomes neste domingo não é uma consequência do primeiro AVC sofrido pelo técnico em fevereiro de 2010, quando treinava o São Paulo.

- Ele estava confuso, agitado. Achou que poderia ser igual ao que houve no ano passado. Mas não tem nada a ver - garantiu.

Já o vereador Marco Aurélio Cunha, médico e dirigente do São Paulo na época do primeiro AVC de Ricardo Gomes, diz que os casos podem ter relação.

- Naquele primeiro episódio, é como dizer que ele teve um pequeno vazamento e agora um rompimento. Aqui no São Paulo foi uma coisa bem mais simples. Saímos do jogo, existia o sintoma e fomos para o hospital. Fez os exames, passou a noite internado, fiquei com ele o tempo inteiro na companhia do Sanchez (José Sanchez, médico do São Paulo). O Ricardo não chegou a perder a consciência. Um caso pode não ser decorrência do outro, são episódios diferentes, mas não podemos deixar de juntar um ao outro. Ele ficou bem daquele primeiro, mas sempre fica uma marquinha e passa a ter um risco maior do que tinha antes. Aquele foi simples, esse é grave. Estou bastante chateado pois ele é um cara fantástico, um cara único.

Marco Aurélio Cunha ainda destacou que o treinador cruz-maltino lhe contara certa vez que seu pai faleceu em decorrência do mesmo problema.

Depois de um atendimento preliminar no centro médico do Engenhão, Ricardo Gomes foi para um hospital na zona norte do Rio de Janeiro. Ficou sedado na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos. Em seguida, foi operado.

Fonte: ge