Futebol

Rodrigo Caetano comenta possibilidade de deixar o Vasco

No momento em que o futebol do Vasco encontrou mar calmo para navegar na direção da elite, ocupando o G-4 da Série B, a turbulência política volta a inspirar cuidados no clube. Uma diretoria transitória foi eleita para assumir o lugar do presidente Roberto Dinamite no próximo dia 19, e estabeleceu como meta a blindagem das quatro linhas. A ideia é se apoiar no trabalho dos executivos Rodrigo Caetano e Cristiano Khoeler até as eleições, mas ambos não descartam abandonar o barco caso não tenham condições de trabalho.

— O futebol está entregue aos profissionais, não há interesse nenhum em mexer. Rodrigo e Cristiano permanecem a não ser que não queiram ficar. A ideia é blindar o futebol — explicou Silvio Godoi, vice-presidente do Conselho de Grandes Beneméritos, presidido pelo candidato Eurico Miranda.

Advogado, Godoi é um dos quatro membros da junta eleita. Além dele, Eduardo Rebuzi foi escolhido por simpatizantes de Eurico. O candidato Roberto Monteiro emplacou Jorge Luis Moraes e Alcides Martins. O quarteto se reúne domingo para programar uma transição ordeira. O elo entre eles e a diretoria deverá ser o vice-geral de Dinamite, Antonio Peralta.

As principais medidas serão tentar antecipar as eleições, hoje marcadas para 11 de novembro, e adiar o recadastramento de sócios anunciado pelo atual presidente.

— Temos que dar uma satisfação ao quadro social e mostrar o que está acontecendo. Não existe mensaleiro — defende Godoi.
O trabalho do grupo de transição coincide com datas chaves de contratos, entre eles da fornecedora Umbro. Segundo Godoi, o cumprimento de compromissos financeiros será feito com assinaturas em conjunto. Para Cristiano Khoeler, é importante que a mudança política não atrapalhe a liberação de recursos e os pagamentos.

— Não vejo problema de continuidade. Só se houver restrição no trabalho. O clube tem que pagar sua obrigações e sobreviver. Todo dia tem negócios, entrada e saída de recursos — alertou.

O diretor Rodrigo Caetano deixou no ar a possível saída.

—Não posso responder agora, é recente. É um modelo no qual nunca trabalhei.

Kleber: ‘Não pode sair do G-4’

A agonia de chegar ao G-4 passou, e os jogadores do Vasco agora tem uma nova obsessão. Não querem deixar a zona de classificação para a Série A se se possível abrir distância na liderança nas próximas rodadas.

Para isso, será necessário vencer o atual líder, o Ceará, sábado, em São Januário. O torcedor acredita no time e já comprou 12 mil ingressos.
— Além de ficar junto com o Ceará, podemos ficar mais distante dos outros

imes que estão brigando. Temos que continuar jogando bem e não correr riscos. Não pode sair do G-4 — afirmou Kleber.
O atacante lembrou que o Vasco é o time a ser batido na competição, e por isso as equipes se defendem bem para arrancar pontos. São esses pontos bobos que o jogador acredita que não podem ser desperdiçados se o clube quer pensar na elite.

— O torcedor tem que entender que é o Vasco. Um time grande da Série B é o Vasco e a gente tem a obrigação de subir. Temos essa obrigação. Todos os outros times reconhecem isso e vem jogar de forma fechada quando jogamos fora de casa. Então, a responsabilidade e a vontade de ganhar e obrigação é nossa — explicou Kleber, justificando jogos mais complicados como a vitória no sufoco sobre o Náutico. O time não levou gol e se manteve como melhor defesa do torneio.

— Temos defendidos muito bem. Temos que buscar isso no ataque e na defesa. A gente tem a obrigação de botar o Vasco na Série A — repetiu o Gladiador.

Fonte: Extra