Rodrigo Caetano: "Blindar o departamento de futebol foi fundamental"
Após a queda para a Série B, no fim de 2008, a diretoria do Vasco decidiu profissionalizar os seus principais departamentos. No futebol, por exemplo, o executivo Rodrigo Caetano foi contratado do Grêmio para tocar o projeto de reestruturação visando ao retorno da equipe à elite em 2010. Passado 11 meses de sua chegada, o dirigente conversou com o GLOBOESPORTE.COM e falou do formato adotado pela diretoria do Vasco para organizar o setor.
Segundo ele, o presidente Roberto Dinamite deu total autonomia para que as melhores decisões fossem tomadas em prol do clube. Com o Vasco garantido na Série A no ano que vem, Rodrigo já planeja o futuro, mas sem alarde. Para o dirigente, o clube ainda precisa evoluir em alguns aspectos. E o primeiro deles é encontrar uma área para construir um centro de treinamento para os profissionais e outro para as categorias de base.
GLOBOESPORTE.COM: Quais foram as maiores dificuldades no início do seu trabalho, em janeiro?
RODRIGO CAETANO: - O Vasco não tinha um elenco, não tinha material esportivo e não tinha crédito. Com essas etapas vencidas e o título da Série B, o clube abre uma perspectiva maior para a próxima temporada. O próximo passo é melhorar a estrutura física.
O que foi superado nesse período?
- O mais bacana é que no início do ano, esse grupo passou dois meses e meio sem receber e em momento nenhum tivemos algum tipo de reclamação. O grande mérito foi o ambiente criado dentro desse elenco. Nunca vimos nenhum problema se tornar público. Tudo sempre foi resolvido internamente.
Qual foi a característica marcante para o sucesso da temporada 2009?
- Blindar o departamento de futebol foi fundamental. Ninguém ficou exposto em momento algum. Hoje, o trabalho no futebol do Vasco é totalmente profissional, sem intervenção da diretoria. Foi esse modelo que me fez aceitar a proposta do Vasco. Essa ideia veio ao encontro do que eu penso que seja o ideal. Foi isso que me fez largar o Grêmio.
Qual foi o momento mais difícil da temporada 2009?
- O momento mais difícil foi administrar a falta de material esportivo. Tivemos que fazer mágica para administrar aquela situação de frio lá no Paraná. Usamos até esparadrapo para tampar a marca do antigo patrocinador.
Qual é o planejamento para 2010?
- Temos duas metas traçadas. No futebol, o objetivo é chegar à Libertadores em 2011. Fora de campo, nós queremos concretizar o sonho de ter o nosso próprio CT.
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