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Rodrigo Caetano: "A ideia do salário mínimo partiu do Juninho"

Foram mais de dez anos de uma espera que muitas vezes parecia que não iria ter um final feliz. Mas chegou o dia da torcida vascaína gritar: o Reizinho voltou. Depois de duas temporadas no Al-Gharafa, do Qatar, Juninho Pernambucano voltará a vestir a camisa de seu clube de coração.

— Estou retornando ao Vasco por duas instituições deste clube que são a sua torcida linda e fantástica e seu presidente, homem simples e do bem. Em 2009, Rodrigo Caetano me mandou um e-mail e conversamos. Faltava o projeto. E este ano, com a ajuda do próprio Rodrigo e do Fuentes (empresário), Roberto esteve em Recife e ali sacramentei minha volta. Estou feliz — disse o craque ao site oficial do Vasco.

Aos 36 anos, a condição física de Juninho preocupa... os adversários. Na primeira temporada, quando o Al-Gharafa foi campeão, ele disputou 11 dos 22 jogos da equipe e marcou seis gols. Nesta temporada foram 19 jogos e oito gols.

O preparador físico do Botafogo, Solivan Dalla Valle, que trabalhou com o apoiador no Qatar, não economizou em elogios:

— Pena que ele não está vindo para o meu time. É um excelente jogador, um dos melhores profissionais com quem já trabalhei.

Salário simbólico

O salário de Juninho será simbólico. Apenas 600 reais mensais — 1.250 vezes menor que o de Deco, do Fluminense —, mas o contrato terá bônus por metas alcançadas. Ele receberá valores fixos em caso de título e classificação para a Libertadores. Também, terá direito a 50% de futuros contratos com novos parceiros, além de seguir no clube quando parar de jogar.

— Ele vai receber por meta atingida. A ideia partiu dele. Juninho acredita que deveria retribuir ao torcedor — afirmou o diretor-executivo de futebol, Rodrigo Caetano.

O ex-atacante Euller é fã de Juninho, com quem jogou no próprio Vasco, mas ressalta que, no início, ele deve ter problemas de readaptação ao futebol brasileiro:

— A contratação vale a pena porque ele é um grande jogador e identificado com o Vasco. Mas vai ter que se readaptar, já que está no Qatar há dois anos. Lá só se treina à noite — disse o jogador, que está no América-MG.

Juninho pediu a Roberto Dinamite duas bolas do Brasileirão para treinar faltas, uma de suas especialidades. Com contrato até dezembro, ele só poderá jogar em agosto, quando abre a janela para transferências internacionais.

Fonte: Extra Online