Futebol

Rivelino diz que Morais é um jogador diferenciado

Ela é divina, elegante e possui uma aura diferente das demais. Já foi vestida por um rei, príncipes e rebeldes. Foi com a camisa 10 que Pelé encantou o mundo na Copa de 1958 e fez nascer toda a magia que gira em torno desse mito do futebol. Depois do Rei, ser o 10 de um time passou a significar ser diferente, acima da média. Foi assim com Zico no Flamengo, Rivelino no Fluminense, Jairzinho no Botafogo, Roberto Dinamite no Vasco, e com tantos outros craques que já desfilaram nos gramados.

No Campeonato Estadual que começou na última quarta-feira, a mística do camisa 10 clássico parece estar ressurgindo. Os herdeiros são inquestionáveis. Juninho Paulista (Flamengo), Carlos Alberto (Fluminense), Morais (Vasco) e Zé Roberto (Botafogo) são jogadores habilidosos, todos candidatos a craque da competição. Como nos velhos tempos do futebol carioca.

— A camisa 10 é diferente. Ela representa o diferencial da equipe. Hoje, acho que os grandes do Rio estão resgatando essa tradição. O Juninho Paulista é um cara experiente, o Zé Roberto fez um Brasileiro de primeira classe no ano passado e o Morais também vem se destacando. O único que precisa se recuperar é o Carlos Alberto, que não foi bem no Corinthians em 2006 — analisou Jairzinho, camisa 10 do Botafogo nas décadas de 60 e 70.

Dono de uma canhota potente e precisa, Rivelino brilhou por Fluminense e Corinthians. Ao fazer uma análise dos atuais herdeiros da camisa 10, ele não esconde sua admiração pelo craque do Vasco.

— O futebol do Rio conta com jogadores interessantes nessa posição. Principalmente o Morais. Esse é diferenciado — disse Rivelino, completando:

— Sei que o futebol mudou, que a dinâmica hoje é outra, mas gosto desse tipo de jogador. Desses que estão no Rio, levaria o Morais para o meu time.

Maior ídolo da história do Flamengo, Zico se inspirou em outro camisa 10 antes de assumir o posto, e brilhar, no time rubro-negro.

— Quando comecei a acompanhar o futebol, o Dida era o 10. Além disso, era a camisa do Pelé. Mas certamente o fato do meu ídolo de infância ter usado foi o que mais me inspirou — revelou o Galinho de Quintino, um legítimo herdeiro da camisa.

Fonte: Extra