Futebol

Rival: Marlon Freitas diz que Artur Jorge travou proposta do Vasco em 2024

Marlon Freitas é uma voz forte nos bastidores do Botafogo, mas um homem bastante discreto do clube para fora. Reservado, dá pouquíssimas entrevistas, à exceção de momentos na beira do campo. Mesmo assim, topou se abrir por quase três horas à reportagem do ge - se não a maior, uma das maiores entrevistas do quadro Abre Aspas.

Por trás da casca firme e do jogador reclamão, há um homem que se emociona fácil. Alternando vivências na infância entre São Gonçalo e Magé, Marlon rodou o Brasil rumo ao sonho de se tornar jogador e perdeu o pai, seu maior ídolo, justo quando estava se estabilizando no Fluminense. O volante acumulou empréstimos e mudou a maneira de pensar até chegar ao Botafogo.

O resto foi o destino. Campeão e capitão da maior glória do Botafogo, na Libertadores, Marlon se estabilizou como referência do clube carioca. Após um 2023 conturbado - não apenas pela derrocada no Brasileiro, mas também pelo episódio da piscadinha -, o meio-campista deu a volta por cima em silêncio. Agora, quer se abrir mais, na esperança de que a própria história inspire crianças.

Ficha técnica

  • Nome: Marlon Rodrigues de Freitas
  • Idade: 30 anos
  • Profissão: jogador de futebol
  • Carreira no futebol profissional: Fluminense, Fort Lauderdale Strikers, STK Samorín, Criciúma, Botafogo-SP, Atlético-GO e Botafogo
  • Títulos: Conmebol Libertadores (2024), Campeonato Brasileiro (2024), Campeonato Goiano (2020 e 2022)

Artur Jorge influenciou o fim da sua negociação com o Vasco? O que te fez permanecer no Botafogo?

— Realmente teve a procura (do Vasco), me reuni com a diretoria e meus representantes. Eu amo esse ambiente e esse clube, sou muito bem tratado aqui dentro, e não tem nada que pague isso. Mas eu vinha de um contexto difícil e eu precisava desse carinho. Sozinho talvez eu chegaria no final, mas não ganharia. Foi nesse processo que ele (Artur Jorge) foi muito importante. "Pode esquecer, eu sei que você quer ficar e vou te fazer um jogador melhor". Em poucos treinamentos, ele viu que eu era um bom jogador. Dizia que se eu tivesse 22 anos, estaria longe (risos).

— De todo treinador tento tirar algo positivo, peguei muito português aqui. Davide tem me dado muita confiança, o próprio Tiago (Nunes) foi muito importante porque confiou em mim com liderança no momento que eu estava sendo perseguido. Ele me jogou na cova (risos). "Estamos junto, tô dentro. Tô ferido, mas tô vivo". Ele (Artur Jorge) falou ali na hora que não tinha nada e eu ia ficar, tanto que renovei meu contrato. O clube já tinha intenção, mas ele disse que eu era muito importante. Se (Artur Jorge) não foi a peça principal, foi um dos mais importantes junto com a direção e o John Textor. A todo momento, teve pulso firme para eu ficar. Que bom que eu fiquei.

Fonte: ge