Rival: Marcão diz que vai tentar surpreender o Vasco
Aos 38 anos, Marcão teve sua primeira experiência como técnico no último domingo, comandando o Bangu na vitória por 2 a 1 sobre o Volta Redonda, que deixou o time com seis pontos e na quinta posição do Grupo B da Taça Rio (segundo turno do Campeonato Carioca). Agora, dando sequência à nova carreira, o ex-jogador já terá um grande desafio pela frente: neste domingo, a equipe visita o Vasco, líder do Grupo A com dez pontos, às 16h (horário de Brasília), em São Januário. E para tentar seu segundo triunfo consecutivo, o treinador faz mistérios sobre a formação escolhida, mas indica que usará uma forte marcação sobre os jogadores cruz-maltinos.
- O Vasco tem uns três ou quatro jogadores que resolvem. Vamos tentar anular eles em conjunto e surpreender numa jogada. Mas não posso dizer quem vai ser mais marcado. Deixa isso em segredo (risos). Domingo todos vão ver - despistou.
Mas a vida de técnico ainda tem de conviver com a vontade de jogar. Em sua estreia na função de comandante, na partida contra o Volta Redonda, faltou pouco para o antigo volante invadir o campo e marcar o time adversário.
- Tive muita vontade de entrar durante a jogada que fizemos a falta e, na cobrança, eles fizeram o gol. Mas o bandeirinha está ali do lado, o auxiliar, então a gente vai se controlando para não ter problema com os homens de amarelo (risos).
Se sobra experiência no gramado, à beira de campo a fase é nova. Em 2007, Marcão chegou a fazer um curso de uma semana para treinadores, e agora começa a usar o conhecimento adquirido para se adaptar a recente profissão.
- A prática a gente já tem, é mais a teoria: o planejamento, preparar a semana com treinamentos específicos, passar para os auxiliares... Não pode todo dia querer mudar a maneira de trabalhar. Tem que saber o que vai ser feito até a hora do jogo. Terminar o treino, ver a rapaziada feliz, trabalhando forte, não tem preço para um treinador.
Há pouco mais de uma semana no cargo, o antigo camisa 5 já sabe dizer qual é a função mais difícil de um treinador de futebol.
- É ter que escalar 18 para a relação. Tem 26, 27 atletas trabalhando forte, com alegria, e ter que cortar alguns da lista... A gente sente (a tristeza) pelo semblante do jogador. Todos querem estar dentro da relação. E o jogador não pode ficar mesmo satisfeito em ficar fora da lista. É uma disputa sadia, faz parte do trabalho.
Apesar da curta experiência, o comandante do Bangu afirma que a figura do Marcão jogador não existe mais no clube, que ainda defendia quando recebeu o convite para dirigir a equipe.
- Os meninos conseguiram assimilar bem isso. Há o respeito. Aquele papo que era de jogador não tem mais. Eles mesmos criaram essa barreira. Às vezes passo e falo: Presta atenção, se começar a falar do treinador vai sair (risos). Importante é que o carinho e o respeito continuam conta o treinador, que garante armar o time para frente, embora sua especialidade seja a marcação.
Superação na memória
A dois pontos do G-4 no Grupo B, o Bangu pode terminar a rodada na zona de classificação se derrotar o Vasco. E inspiração não vai faltar ao antigo volante, que guarda boas recordações do Gigante da Colina: quando o enfrentou em 2005, com o Fluminense, pela semifinal da Taça Rio, a partida terminou empatada em 1 a 1 e a decisão foi para os pênaltis. Mesmo sem estar entre os cinco cobradores iniciais, Marcão também teve que bater o seu.
- Sabe que volante bater pênalti é mais complicado. Só que todo mundo fez gol e acabou sobrando para mim. Fui o sexto cobrador, se não me engano, e, quando chegou na minha vez, fui rezando até a grande área para bater. Consegui fazer o gol, nos classificamos para a final e depois fomos campeões da Taça Rio - relembrou, na disputa de pênaltis que terminou 8 a 7 para o Tricolor.
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