Futebol

Rival: Cuca diz que Vasco administrou bem a vitória

O técnico Cuca lamentou a ineficácia ofensiva do Santos na derrota por 1 a 0 para o Vasco, ocorrida na tarde deste domingo, em São Januário. Após o revés pelo Campeonato Brasileiro, o comandante admitiu que a equipe enfrenta sérias dificuldades de criação contra adversários mais recuados, como o time carioca, que se segurou mais depois de abrir o placar ainda no começo da primeira etapa.

— Sim (problema de construir contra retrancas), você tem a posse de bola, joga os meias. Colocamos o Marinho por dentro, abrimos o Lucas Braga, fizemos uma linha de quatro atacantes com dois meias, Lourenço e Marinho, mas não foi o suficiente — afirmou Cuca.

— Ainda pusemos dois centroavantes. Acho que a gente trabalhou bem as coisas no sentido de tentar achar uma maneira de chegar no gol, mas infelizmente não foi o suficiente — acrescentou o treinador santista, em entrevista coletiva concedida ainda no estádio de São Januário.

A derrota no Rio impediu o Santos de se igualar ao Palmeiras e entrar definitivamente na briga por um lugar no G-6. O resultado negativo, na visão do Cuca, se encontrou na ineficácia do time diante da marcação do Vasco, que também contou com duas boas defesas de Fernando Miguel para sustentar o resultado.

— Pelo momento que o Vasco vive, os três pontos são mais importantes do que tudo, e eu entendo. Para sair da zona do rebaixamento eles passaram a administrar o resultado, fecharam bem as linhas, marcaram muito bem. Nós tivemos o controle do jogo, mas não a eficácia para empatar, aí o Vasco se abria e quem sabe a gente virar. Mas eles administraram bem essa vitória deles — comentou.

Confira mais respostas de Cuca na entrevista coletiva:

Motivo da derrota, mesmo com maior volume

— Finalizamos bastante, 19 vezes é um número alto para finalizar fora de casa. Mas não fomos felizes hoje nas finalizações. Fernando Miguel pegou umas duas bolas difíceis, mas as demais não fizemos nenhum gol. O Vasco finalizou bem menos, mas saiu na frente, fez o gol. Pelo momento que o Vasco vive, os três pontos são mais importantes que tudo, e eu entendo. Para sair da zona do rebaixamento eles passaram a administrar o resultado, fecharam bem as linhas, marcaram muito bem. Nós tivemos o controle do jogo, mas não a eficácia para empatar, aí o Vasco se abria e quem sabe a gente virar. Mas eles administraram bem essa vitória deles.

Equipe entrou desligada?

— A primeira oportunidade foi nossa. Depois tivemos outra com Madson, mais duas. Não é desligado. O Vasco teve a oportunidade e fez o gol, aí passa a ser outro jogo. Você tem que martelar, girar a bola, não dar o contra-ataque. Vimos o Fernando, o menino que estava treinando bem na lateral. Demos um pouco de jogo para o Soteldo. Preservamos o Marinho que estava cansado, jogou uns 20 minutos, bom para dar uma limpada no carburador. Perdemos nossa dupla de zaga, Veríssimo e Luan Peres, além do Pará. É bom para ver como fazer sem eles, já conheço o Láercio, temos colocado o Luiz Felipe com o Alex, depois tiramos ele pelo resultado. Então a gente trabalhou o que pode, lançamos os meninos para tentar o empate, Bruninho, Marcos Leonardo, junto com Soteldo e Marinho, mas infelizmente não foi o suficiente.

Faltou criatividade? Excesso de jogadas aéreas foi orientação?

— Lógico que não, não temos essa jogada como a forte. Mas são situações que são diferentes. Nós jogamos com um time mais reativo, temos uma dificuldade com isso porque somos uma equipe de velocidade. Quando você não tem ela, tem que ter criatividade, e ela vai aparecer pela linha de fundo. E tivemos. Os espaços aparecem mais pelos lados de campo, onde tem menos jogadores, por isso se usa o cruzamento, mas não uma cavadinha como fizemos hoje. Não temos feito assim, mas hoje não deu.

Avaliação do sistema defensivo com a saída de Veríssimo e Luan Peres

— Confio em todo mundo, mas não sou um cara de abrir mão das coisas assim. Na vida nada é fácil, eu vou atrás. O Veríssimo está me vendo aí, te prepara que eu vou atrás de ti. Você também, Luan Peres, se preparem aí que os dois vão jogar. Vamos jogar, depois vão embora.

Fonte: ge