Futebol

Rivais em apuros: Vasco e Fluminense têm domingo decisivo contra o descenso

Em Joinville e em Salvador, jogadores de Vasco e Fluminense entrarão em campo às 17h deste domingo para jogar o destino dos dois clubes no Brasileiro. Se enfrenta um adversário teoricamente mais difícil, o Atlético-PR, enquanto o tricolor joga contra o Bahia, o time vascaíno tem, por outro lado, um ponto a mais na tabela e, se vencer, precisará de apenas um resultado combinado (tropeço de Criciúma, Internacional ou Coritiba). O Fluminense, além de vencer, precisa que Vasco e Coritiba não vençam.

De qualquer forma, a matemática determina que um dos dois, ao menos, estará na segunda divisão no ano que vem, e o rebaixamento acarretará mudanças em São Januário ou nas Laranjeiras, ou em ambos, seja dentro de campo, com a reformulação de elencos e comissão técnica, ou fora dele, com impacto nas finanças.

Um sinal de alento é que as principais fontes de renda, tanto no caso vascaíno como tricolor, não serão afetadas. O contrato de direitos de televisionamento do Brasileiro, maior pedaço do orçamento dos dois clubes, não sofrerá alteração significativa. A maior parte, relativa à TV aberta, tem valores pré-fixados. Apenas a do pay-per-view é variável, mas é impossível prever se uma queda vai alterar a quantidade de assinantes vascaínos ou tricolores.

A segunda maior fonte de renda, também em ambos os casos, são os patrocínios. No caso do Fluminense, o contrato de parceria com a Unimed foi renovado há três semanas. A verba que a empresa investe não entra nos cofres do clube, mas banca contratos de imagem de jogadores, técnico e até dirigentes profissionais do futebol. A Unimed já ajudou a trazer Conca, mas seu presidente, Celso Barros, declarou que a torcida não deve esperar a chegada de outros jogadores caros para 2014. Um rebaixamento só confirmaria esta projeção.

No Vasco, os contratos com a Nissan e a Caixa Econômica Federal também têm duração que atravessa o ano que vem, e há valores fixados por temporada.

A principal perda financeira será em exposição na mídia e em marketing, cada vez mais uma receita importante para os clubes. No Fluminense, o presidente Peter Siemsen foi reeleito com a promessa de alavancar o programa sócio-torcedor, projeto que pode ser muito prejudicado se o time estiver disputando a Série B.

Assim, ao menos no curto prazo, as maiores mudanças ficarão na parte técnica. No Vasco, a tendência é que Adílson Batista, cujo trabalho vem agradando, seja mantido como treinador, mesmo em caso de insucesso. A renovação do elenco deve ser grande. Entre os destaques, Marlone será vendido ao Cruzeiro. Porém, Thalles teve o contrato estendido e vai continuar.

No Fluminense, Dorival Júnior tem poucas chances de ficar se o time cair. Já o diretor Rodrigo Caetano, nome que agrada a Siemsen e Celso Barros, declarou que pretende continuar mesmo com rebaixamento. O elenco deve manter estrelas como Fred e Diego Cavalieri, mas também será reformulado. O primeiro integrante da barca de dispensas é Rhayner, que sequer viajou para o jogo deste domingo.

Enquanto a bola rolar, há vida. E a esperança de vascaínos e tricolores é que, ao anoitecer, tudo não tenha passado de um grande susto e de projeções desnecessárias. O que, infelizmente, só será verdade para um lado — ou para nenhum dos dois.

Bahia x Fluminense
Local: Fonte Nova
Juiz: Leandro Vuaden (RS)

Bahia: Marcelo Lomba, Rafael Miranda, Demerson, Titi e Raul; Fahel, Hélder e Anderson Talisca; William Barbio, Fernandão e Marquinhos Gabriel.
Fluminense: Diego Cavalieri, Igor Julião, Gum, Leandro Euzébio e Wallington Silva; Edinho e Jean; Rafinha (Kenedy), Wagner e Biro Biro; Rafael Sóbis.

Atlético-PR x Vasco
Local: Arena Joinville
Juiz: Ricardo Marques Ribeiro (MG)

Atlético-PR: Weverton, Léo, Manoel, Luiz Alberto e Juninho; Deivid, João Paulo, Paulo Baier (Zezinho) e Everton; Marcelo e Ederson.
Vasco: Alessandro, Fágner, Renato Silva, Cris e Yotún; Abuda, Wendel, Pedro Ken e Marlone; Thalles e Edmílson.

Fonte: O Globo Online