Ricardo Gomes tenta aos poucos retornar à função técnica
Desde a saída de René Simões, Ricardo Gomes tenta, mas dificilmente consegue dar conta de fazer uma dupla função no clube. Como diretor técnico, cargo criado quando voltou a São Januário no fim do ano passado, ele participava diretamente da programação de treinamentos e discutia questões táticas e técnicas da equipe tanto com o ex-técnico Gaúcho quanto com o amigo Paulo Autuori. No entanto, com a rotina de reuniões com empresários de jogadores e outras demandas do departamento de futebol, a parte de observador ao lado de campo, por enquanto, ficou um pouco de lado por falta de tempo do diretor vascaíno.
Como exemplo, nesta sexta-feira, ao mesmo tempo que o clube vive a expectativa de acerto de pelo menos um mês de salários atrasados, Ricardo se reúne com representantes de Romário para selar o empréstimo por uma temporada do atacante para o Arouca de Portugal. Para ceder o jogador, o clube estendeu o contrato até dezembro de 2015, reajustou o salário do atleta e deve fixar os direitos econômicos em caso de opção de compra. Depois, novo encontro, finalmente vai se sentar com empresário Pedrinho Vicençote para formalizar contrato de Reginaldo, que fica no Vasco até o fim do ano.
- Antigamente dividíamos as responsabilidades. Era René, eu e Paulo (Autuori). Agora só estamos eu e Paulo - lembra Ricardo Gomes, que foi \"cobrado\" pelo amigo e treinador do Vasco a retomar suas funções técnicas no futebol.
Antes, Ricardo não faltava a um treino. Acompanhava das cabines de rádio de São Januário ou à beira do campo no Cefan. No último fim de semana, o diretor executivo de futebol do clube ainda foi até Itaguaí prestigir jogos das divisões inferiores do Vasco, no centro de treinamento da base, que está alugado ao clube até dezembro de 2014.
- É um pedido do Paulo (Autuori) que eu fique mais próximo. E vou voltar para acompanhar mais de perto já em Pinheiral - diz o diretor executivo e também técnico de futebol do Vasco.
Em contato quase que diário com a diretoria vascaína, com o diretor geral Cristiano Koehler e com o presidente Roberto Dinamite, Ricardo expressa misto de ansiedade e confiança ao falar em curto e médio prazo sobre o Vasco. Sabe que tudo depende de o clube conseguir as certidões positivas com efeito de negativas de débito junto à Fazenda Nacional.
- Estamos com bastante confiança. Agora, é uma grande expectativa, claro. É quase que nem um jogo. Aquela coisa de antes de uma partida importante, que você pensa como vai ser, o que vai acontecer, mas não adianta. Nem eu, nem Bruno (Coev, supervisor), nem Fabio (Fernandes, coordenador) e nem o Paulo (Autuori) resolvemos essas coisas. Precisamos dessa saída - ressalta Ricardo Gomes.
Por enquanto, o assunto \"novas contratações\" está suspenso. A diretoria e o diretor de futebol já procuraram jogadores e expuseram a situação do clube. Tudo, porém, segue no compasso de espera.
- Os contatos já foram feitos. Agora é aguardar o próximo passo - diz o diretor vascaíno.