Ricardo Gomes já senta, reconhece pessoas e respira sem aparelhos
A evolução de Ricardo Gomes está cada vez melhor. Na noite da última quinta-feira, o grupo de médicos que acompanha o caso retirou o tubo traqueal que auxiliava a respiração do técnico. Com isso, o comandante vascaíno já respira sem ajuda de qualquer aparelho mecânico. A partir de agora, os médicos vão poder avaliar possíveis sequelas em relação à fala, situação que só poderia ser vista com a retirada do tubo.
- A evolução continua satisfatória e animadora, ontem (quinta-feira) pela manhã foi retirado o tubo traqueal. Em mais de 24 horas sem o tubo, ele está respirando muito bem. Não cogitamos, em momento nenhum, retornar. O nível de consciência está melhorando a cada hora, só fez melhorar desde que retiramos os sedativos. Já se encontra sentado, olhando as pessoas, entendendo o que se fala e o que se pede - explicou o clínico Fábio Guimarães.
As reações de Ricardo Gomes seguem dentro do esperado. Cada vez mais, o treinador reconhece e interage com quem tem acesso ao seu leito no CTI. Na quinta-feira, segundo pessoas próximas, Ricardo se emocionou muito com a visita do filho Diego. Ele teria chorado ao reconhecê-lo.
- Ainda fala pouco, poucas palavras. Isso também era esperado pela localização do hematoma, mas já falou algumas poucas palavras e esperamos que a progressão e a melhora no estádio neurológico continue. Ainda é cedo para dizer se vai haver ou não normalização de movimentos e fala, mas tudo que poderia melhorar até o momento melhorou - continuou.
As sessões de fisioterapia motora e respiratória seguem sendo realizadas de três a quatro vezes por dia. Ainda não há uma previsão de alta do CTI.
Entenda o caso
Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, no domingo, dia 28 de agosto, no Engenhão. Foi levado inicialmente para o centro médico do estádio e, em seguida, encaminhado para o Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde foi submetido a uma cirurgia que durou cerca de três horas e meia. A hemorragia no cérebro em decorrência do AVC sofrido pelo treinador foi estancada, e a circulação, restabelecida.
No ano passado, quando ainda comandava o São Paulo, Ricardo Gomes teve uma vasculite, considerada um pequeno AVC, e precisou ficar internado após o clássico contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista. No entanto, o médico do Vasco Clóvis Munhoz assegura que o problema não é relacionado com o enfrentado pelo treinador na outra ocasião.
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