Futebol

Riascos faz dois gols e mostra lado folclórico

Naquele instante, o colombiano já havia feito um gol. Posteriormente, marcaria outro no empate em 2 a 2. Foram os dois toques na bola mais aclamados pela torcida no jogo; pode-se dizer que, numa conta resumida, a maior parte do restante das tentativas do atacante causaram irritação em quem estava sentado nas arquibancadas. 

Apesar da festa dos gols, da espontaneidade da comemoração com o filho Paulinho, Riascos também ouviu impropérios ao longo da partida. Um símbolo da relação que a torcida vascaína tem com o centroavante. Artilheiro do Vasco no Campeonato Carioca, com cinco gols, o colombiano ainda sofre para convencer. A partida contra o Friburguense resumiu bem a relação de amor e ódio entre as partes. 

Riascos se esforçou. Correu o campo inteiro, brigou com os zagueiros, buscou jogo. Mas, até os 44 minutos do primeiro tempo, nada deu certo: errou domínio de bola, não concluiu os vários cruzamentos na área, finalizou torto... Cada peripécia rendia chiados de impaciência da torcida. A urucubaca só saiu quando Eder Luis rolou rasteiro para o colombiano escorar para a rede e empatar o jogo em 1 a 1. Na etapa final, novamente mostrou oportunismo, ao tocar de cabeça e virar a partida. 

- (O Riascos) mostra o quanto é bom acreditar sempre. Em alguns momentos a torcida reclamou de lances que ele errou, mas é assim: no futebol, todos erramos. Torcedor não adianta, é passional. Aproveito para falar para a torcida apoiar, aplaudir. Nós continuamos com ele, não pensamos em tirá-lo, porque queríamos ficar bem fortes lá na frente – disse o técnico Jorginho após o jogo. 

Na comemoração do segundo gol, Riascos mostrou seu lado espontâneo - antes, havia festejado de maneira mais comedida. Correu para a parte social, pegou o filho Paulinho no colo e comemorou. Nem pensou que poderia ter levado o cartão amarelo que o suspenderia do clássico contra o Botafogo. Por sorte, o árbitro deixou passar. O episódio, porém, mostrou o nível de emoção que chega o colombiano ao marcar um gol, num passo importante para vencer a desconfiança da torcida. 

- Já tinham me falado isso lá dentro, para eu ter cuidado com cartão. Queria comemorar com meu filho, com minha família nesse momento. Eles estão sempre comigo nos momentos bons e ruins

Fonte: ge