Futebol

Reportagem revela que novo contratado do Vasco é torcedor do urubu

Confira texto sobre a trajetória e o perfil do goleiro Sílvio Luiz, nova contratação do Vasco, publicado pelo site Gazeta Esportiva, em outubro de 2004, de autoria do jornalista Hugo Vítor Vecchiato. Na matéria, o jornalista destaca que o arqueiro é torcedor do maior rival do clube de São Januário:

Alguns goleiros são verdadeiros símbolos de sua equipe e de sua torcida. Rogério Ceni e Marcos, apesar de estarem distantes do auge de suas carreiras, são exemplos mais recentes deste fato, já que atuam há anos por seus clubes. São capazes de sobreviver a derrotas e eliminações traumáticas, além de estarem imunes aos constantes desmanches de suas equipes.

No São Caetano, apesar dos seus apenas 15 anos de existência, a história não é diferente. O camisa 1, Sílvio Luiz de Oliveira de Paula, é o representante maior do surgimento e consolidação do clube do ABC no futebol brasileiro. Afinal, o goleiro esteve presente nas principais decisões de campeonato que o Azulão disputou.

Sílvio Luiz talvez não seja tão valorizado pela nascente torcida do São Caetano como outros jogadores que passaram pelo clube e, ao contrário dele, foram embora. Adhemar, o maior artilheiro da história do Azulão, foi jogar no Stuttgart, da Alemanha, e César, o destaque da equipe na Copa João Havelange, em 2000, se transferiu para a Lazio, da Itália.

Na verdade, da tão lembrada equipe que foi vice-campeã no torneio nacional de 2000, apenas Silvio Luiz e o zagueiro Serginho ainda são titulares, já que Dininho, na época, era reserva do time comandado pelo técnico Jair Picerni.

Símbolo - A relação do jogador com o São Caetano talvez tenha mais coisas em comum do que se poderia deduzir. Em 1989, Sílvio Luiz, então com 11 anos de idade, participou de um teste nas categorias de base do Flamengo e foi aprovado. No mesmo ano, nascia a Associação Desportiva São Caetano e nove anos depois ambos se encontrariam. Jogando pelo Azulão, Sílvio despontaria como um goleiro de destaque, vencendo o Campeonato Paulista da Série A-3 de 98 e A-2 de 2000.

Dos 11 aos 17 anos, ele permaneceria no Rubro- Negro carioca, seu time do coração, contudo daria uma pausa na carreira. \"Saí do Flamengo porque fiquei desanimado com o futebol na época e parei de jogar por dois anos\".

No ano de 1997, Sílvio Luiz voltou aos gramados, como júnior do Sãocarlense, do interior paulista, destacando-se nos campeonatos que disputou. Entretanto a estréia como profissional viria após a transferência para o Mirassol. Em seguida, chegaria também a melhor chance de Sílvio Luiz no futebol. Um clube do ABC, desconhecido até então, o contrataria.

Em 1998, Sílvio estreou no São Caetano com 21 anos e, logo no Campeonato Brasileiro da Série C daquele ano, brilhou na ótima campanha desempenhada pelo Azulão no torneio, conquistando o vice-campeonato. Sílvio Luiz foi manchete dos diários esportivos em novembro daquela temporada por ser o goleiro com a menor média de gols tomado entre todas as divisões do futebol brasileiro: 0,34 gols por partida.

\"Desse jeito o homem vai para a seleção\", afirmou Gustavo, à época o reserva de Sílvio no clube paulista. Aquele era, então, o melhor momento na carreira do atleta. Contudo, algumas outras surpresas ainda estariam reservadas, como a ascensão meteórica do São Caetano e os vice-campeonatos amargados em dois Brasileirões (2000/2001) e uma Libertadores (2002), antes que o título do Campeonato Paulista de 2004 viesse solidificar a imagem do Azulão no futebol brasileiro.


O texto original pode ser acessado aqui.

Fonte: Gazeta Esportiva / SUPERVASCO.COM