Futebol

Renato nega ameaça de queda no Vasco

Silêncio após a derrota de quarta. Silêncio depois de balançar e não cair na quinta. Palavras demais após o treino de sexta. O técnico Renato Gaúcho desmentiu ter deixado o cargo à disposição da diretoria e criticou a imprensa no que resumiu como \"a opinião de vocês (jornalistas) não é necessariamente o que acontece\".

- Sigo no Vasco, não entreguei meu cargo, nunca se falou em demissão e tenho o total apoio das duas pessoas que podem tomar qualquer decisão, que são o presidente e o vice. As pessoas escrevem, falam e mostram na TV o que acham que acontece, veiculam suas opiniões. Usam os veículos para expressar opinião sem saber. Só que o público já ouviu, já leu, já viu. Não houve nada disso, muito pelo contrário. Houve uma reunião de rotina com a diretoria. E em dias seguintes aos jogos, existe uma combinação para que eu não fale com a imprensa. É uma folga para mim. Eu não deixei de falar, isso é o que acontece sempre - disse na entrevista coletiva desta sexta, esquecendo-se da resposta ao GloboEsporte.com no dia anterior, ao ser questionado, durante a reunião, se permaneceria no cargo.

- Não sei, não sei - foram as palavras na quinta. - Numa reunião, tudo pode acontecer - se explicou na sexta, já fora da roda de jornalistas.

A contradição e a fisionomia fechada demonstram incerteza. As palavras, seguras como as de um bom comunicador, dão a versão do protagonista.

- A tristeza é pelos resultados que não vêm acontecendo. Não tenho nem dormido direito. Sempre vou proteger meu grupo, sou uma parede para eles. Vou sempre protegê-los como um pai a um filho. Continuo acreditando piamente na nossa classificação. Ano passado, a situação era pior e o Vasco conseguiu. Sabemos que nada é eterno, muito menos no futebol. Pode até ser que algo aconteça no domingo, mas até este momento, no dia de hoje, não tem nada disso (demissão).

A alegria e a descontração, típicas do ex-jogador, não são mais as mesmas. O salvador da pátria de oito meses atrás, que tirou o time de uma situação vexatória para um razoável 12º lugar no Brasileiro e a vaga na Sulamericana, hoje tropeça nas palavras. Como tropeçou nesta quinta, em silêncio. E não caiu. Ainda.

Fonte: ge