Renato Gaúcho e Rafael elogiam a defesa do Vasco

O técnico Renato Gaúcho comenta o momento da defesa do Vasco, que passou o posto de mais vazada do Campeonato Brasileiro para o Figueirense - 65 gols sofridos, contra 64. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Santos, neste sábado (08/11), em São Januário, pela 34ª rodada da competição, o Gigante da Colina completou duas partidas sem sofrer gols.

\"A minha função é treinar o grupo, não só na defesa. No meio, no ataque e em qualquer setor do campo. Milagre, às vezes... Às vezes não. Só tem um cara que faz milagre. Sempre acreditei, confiei no meu grupo e procurei treiná-los. Procuro orientá-los, fazer com que eles se coloquem da melhor maneira possível, do jeito que eu quero que eles marquem o adversário. Agora, você pega um avião, às vezes desgovernado, e tem aqueles três segundos para controlar as coisas. Peguei uma coisa que estava... Tinha muita... Tinha milhões de coisas erradas aqui. E sem tempo. Mas apostei no meu taco e apostei no taco do grupo. Erros vão aparecer? É lógico que vão aparecer. Falhas vão aparecer? É lógico que vão aparecer. Mas acho que o mais importante de tudo é o resultado. Os resultados estão aparecendo porque o grupo está querendo, se entregando e querendo atitude. Você falou da defesa. Fico satisfeito. Nos dois últimos jogos, 1 a 0 magrinho, mas que nos renderam seis pontos. A defesa não tomou gols. Se continuar assim, ótimo. Sempre falo para eles \"Vamos evitar de tomarmos gol ou gols, porque o nosso ataque sempre vai fazer gols\". Em todos os jogos o nosso time faz gols. O que não pode é, de repente, facilitar as coisas. Mas a defesa vem se comportando bem a cada jogo que passa\", disse ao repórter Mauro Santana, da Rádio Tupi.

O Vasco, que somou dez pontos - três vitórias e um empate - nas últimas quatro rodadas, voltará a campo contra o Atlético-MG, na próxima quarta-feira (12/11), às 22h, no Mineirão.

\"O planejamento que eu tinha feito, quatro pontos do Fluminense e do Santos, estaria muito bom, só que as outras equipes também venceram. Eu não contava com isso. Todas elas venceram ou ganharam ponto, então era necessário os seis pontos. O grupo buscou. Não tomamos gols, fizemos dois e conseguimos seis pontos importantes, diante de dois adversários difíceis, que são o Fluminense e o Santos. Agora é degrau a degrau. Agora tem o Atlético, que é um jogo difícil, fora de casa. Depois tem o São Paulo, outro jogo difícil. Faltam quatro rodadas. Acho que a gente tem que buscar, a cada rodada, jogo, o máximo de pontos. Um ponto ou três pontos, para a gente ir somando. Você precisa somar. Por isso é que eu falo às vezes para eles \"Às vezes, um pontinho aqui e um pontinho aí nos ajuda bastante\". Não deixa de ser um bom resultado um empate lá em BH. Sabemos que o jogo é difícil. É lógico que se eu puder trazer três pontos de lá, maravilha. O importante é a gente ficar somando a cada rodada\".

O goleiro Rafael, que voltou a fechar o gol, afirma que foi mais eficiente do que Fábio Costa, do Peixe.

\"Com certeza fui eu. O Fábio Costa fez uma bela defesa, mas aquela no segundo tempo, que eu fiz, foi a bola do jogo. O jogo estava 1 a 0 e foi uma defesa muito difícil. Estavam dois jogadores nossos na minha frente e eu não vi. O cara bateu e foi a mão de Deus que pegou aquela bola. Estou muito contente de estar ajudando o Vasco. Nós sairmos da zona do rebaixamento é muito importante\".

O arqueiro divide os méritos com os zagueiros.

\"É muito importante. Todo mundo vinha criticando a nossa defesa. Eles estavam lutando do começo ao fim, batalhando, dando o seu máximo. Está aí hoje. Provaram que nas duas vitórias sem tomar gol foram os melhores em campo. Eduardo Luiz, Jorge Luiz e Odvan são excelentes jogadores, muito experientes, e estão ajudando o grupo. É isso aí. Tudo é treino. Eles têm treinado bastante. Tenho certeza que a gente não ganhou nada ainda. Na próxima quarta-feira tem um jogo muito importante e vamos lá jogar de igual para igual\".

O jogador também elogia o preparador de goleiros Carlos Germano.

\"O Carlos Germano era para mim, desde a infância e pequeno, o meu ídolo. E é o meu ídolo ainda. Ele é um excelente treinador de goleiros e conversa muito com nós, os goleiros - Tiago e Roberto. Ele deixa a gente tranqüilo para chegar no domingo. Antes do jogo ele conversa, fica meia hora lá no hotel com a gente, conversando, colocando em prática \"Você joga muito, agarra muito\", dando moral para nós. Isso é muito importante. Graças a Deus, tenho a oportunidade de hoje trabalhar com o Carlos Germano que, para mim, na minha infância, era o meu ídolo\".