Renato atinge o ápice da carreira em um ano de Vasco
No Campeonato Brasileiro de 2005, o Vasco apostou em Renato Gaúcho, ex-ídolo dos rivais Flamengo e Fluminense, para comandar sua equipe. Exatamente um ano depois, o ex-jogador vive seu grande momento como técnico e, apesar de toda a experiência no futebol, ainda sente o nervosismo às vésperas de uma decisão.
Na quarta-feira, Vasco e Flamengo começam a definir o título da Copa do Brasil de 2006. O jogo final será disputado no dia 26. Este poderá ser o primeiro título de Renato como técnico, ele que está em seu terceiro clube.
\"A adrenalina é muito alta. Está a mil. É uma decisão inédita para o clube e para mim. Até emagreci. É a adrenalina, faz parte da profissão, tem de aceitar\", afirma o ex-atacante sobre os dias que antecedem à decisão..
Para completar, nesta terça-feira, dia 18, Renato Gaúcho está completando um ano à frente do Vasco. O prêmio pode vir como título em cima do principal rival vascaíno. \"Podemos colocar nossos nomes na história do clube\", diz o técnico.
\"Temos uma partida de 180 minutos contra o Flamengo, que tem todo o nosso respeito. É um clássico e tudo pode acontecer, mas estamos trabalhando há muito tempo por esse titulo\", completa Renato Gaúcho, lembrando de todo o planejamento do Vasco, priorizando o torneio e, na maioria das vezes, jogando com equipes reservas no Brasileirão.
Se conseguir o título, esse gaúcho de 44 anos estará entrando sim para a história de um dos principais clubes do Rio. O que não seria novidade. Renato Portaluppi, o Renato Gaúcho, já deixou seu nome marcado também em Flamengo e Fluminense.
Pelo time rubro-negro, o ex-jogador foi um dos principais destaques da campanha no título brasileiro de 1987. Depois, jogando pelo Fluminense, foi campeão estadual em 1995 numa partida eletrizante contra o mesmo Flamengo, marcando de barriga o gol do título tricolor.
Agora no Vasco, Renato Gaúcho conseguiu levar à final um grupo inicialmente desacreditado, principalmente em função dos resultados nos últimos anos. Já com o técnico, o time cruzmaltino ficou em 12º lugar no último Brasileirão e não conseguiu classificação para as semifinais de nenhum dos turnos do Estadual este ano.
Trabalhando muito com a motivação de seus jogadores e mesclando a experiência de Ramón e Edílson com a juventude de Morais e Valdiram num rápido quarteto ofensivo, o técnico já garantiu uma inédita presença vascaína na decisão da Copa do Brasil.
Mas quer ainda mais. E, apesar de também apontar o nervosismo da decisão, tenta usar sua própria experiência para acalmar seus jogadores. \"Como comandante, tenho de passar uma tranqüilidade muito grande para o grupo, até porque ela existe mesmo. Não só tranqüilidade como responsabilidade\", afirma.
E lembra seus jogadores, boa parte ainda buscando um título importante em suas carreiras, o lugar de destaque em que conseguiram chegar. \"Milhões de jogadores queriam estar nos nossos lugares. Chegamos por mérito\", encerra.
- SuperVasco