Remo: VP de remo é contrário à divisão do título do Estadual 2003

Declarações do vice-presidente de remo do Vasco, José Roberto Saraiva Gomes da Costa, ao programa \"Só Dá Vasco\" da última 3ª-feira (17/03):

O vice-presidente de remo do Vasco, José Roberto Saraiva Gomes da Costa, fala sobre o Campeonato Estadual de Remo de 2003, que está subjúdice.

DIVIDIR O TÍTULO COM O FLAMENGO

\"O Vasco não admite a divisão do título. Nós ganhamos dentro d\"água. Nós acreditamos na Justiça. Quando o Flamengo diz que ganhou, estava fazendo uso de artimanhas do antigo presidente da Federação Carioca de Remo, que, curiosamente, hoje é o vice-presidente de remo do Flamengo [Raul Bagattini]. O Vasco não abre mão do título. Nós ganhamos dentro d\"água e vamos levar às últimas consequências para defender os interesses do clube. É inegociável.\"

PROCESSO

\"Está na Justiça. Lamentavelmente, por vezes, a Justiça é lenta. O Vasco da Gama acredita na Justiça. A atual diretoria não vai abrir mão em nada. Nós ganhamos dentro d\"água. Isso é imexível. Nós não abrimos mão do campeonato e acreditamos na Justiça.\"

FRERJ

\"Mais uma vez, a gente percebe a importância da Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro. Os adversários, ao perceberem a liderança, a qualidade do remo vascaíno, por vezes tentam usar de subterfúgios que são inadmissíveis. A Federação tem que estar atenta, garantir que os regulamentos sejam cumpridos. O Vasco não quer preferência. O Vasco quer imparcialidade.\"

POSSÍVEIS IRREGULARIDADES

\"Em relação à pesagem, nós, do Vasco, temos sido hiper-criteriosos. Acompanhamos tudo muito de perto. Na verdade, eu até quero colocar aqui como um alerta ao nosso presidente de Federação, ao Zelesco. Acho que as grandes artimanhas podem acontecer por conta de inscrição de atletas. Toda transferência de atleta, toda inscrição de atleta tem que cumprir um ritual. A Federação tem normas e regulamentos. Há prazos e custos. Isso tem que estar tudo regulamentado. De outra forma é irregular. A segunda coisa é a atenção no momento das provas - da largada, o acompanhamento das lanchas, etc -, para evitar que uma guarnição tenha benefícios na hora de se alinhar. Uma competição de alto nível, por vezes, meio metro faz uma tremenda diferença, não só no final, mas durante todo um percurso. Fica aqui a confiança do Vasco na gestão do Zelesco, para que os regulamentos sejam cumpridos e, se for o caso, qualquer tentativa de fraude ou de drible seja oportunamente brecada, para que a gente não leve à Justiça, que a providência seja tomada antes de cada uma das provas.\"

\"Por exemplo, essa regata de domingo. O Vasco estará em dia com a Federação. Todos os atletas em dia estarão quitados, as inscrições quitadas junto à Federação. O Vasco da Gama exige que todos os demais clubes façam da mesma forma. É um esforço? É, mas tem que ser igual para todos. Não faz sentido o Vasco cumprir o regulamento, e outros descumprirem. Eu estou aqui falando e olhando para o Zelesco. Nós não abrimos mão desse rigor. Se há uma norma, tem que ser cumprida igualmente por todos. Eu tenho certeza que, em condições de equilíbrio, o Vasco, dentro d\"água, ganha.\"

Alessandro Zelesco, presidente da Federação de Remo do Estado do Rio de Janeiro (FRERJ), fala sobre o Carioca de 2003.

\"Isso realmente está na Justiça. Escapa totalmente ao nosso controle, à nossa área de atuação. Nós aguardamos a decisão da Justiça. Realmente, o que aconteceu em 2003, da maneira como não terminou o campeonato, é revoltante. Isso denigre o esporte. Nós somos totalmente contra esse tipo de prática. Na verdade, isso é fruto de uma prática de dirigentes, no nosso meio, que, acredito, fazem qualquer coisa para ganhar.\"