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Remo: Flamengo não consegue competir com salários oferecidos pelo Vasco

Em meio à discussão sobre corte de verbas nos esportes olímpicos, o remo do Flamengo vive uma realidade curiosa: ao mesmo tempo em que ostenta uma boa flotilha, com barcos da marca alemã Empacher, o clube se vê incapaz de manter atletas olímpicos. Competir com os altos salários oferecidos pelo Vasco é algo ímpossível para o Rubro-Negro, que aposta em novos valores para manter o esporte fundador do clube de forma competitiva.

Somente no ano passado, o técnico Marcos Amorim viu o Flamengo perder os remadores Thiago Almeida, Thiago Gomes e Kyssia Cataldo, todos de seleção brasileira, para o rival da Colina. \"Não podemos competir com os salários oferecidos pelo Vasco, que estão muito além da realidade brasileira e até mundial. Então, estamos apostando na renovação\", afirma Marcão, explicando que o clube investe no estudo dos remadores e dá outros benefícios, como alimentação, passagem e plano de saúde em alguns casos.

Há cinco anos no clube, o treinador tem que driblar as dificuldades. Ele conta que, no ano passado, o clube não foi ao Troféu Brasil, em São Paulo, por falta de verba. \"O pessoal ficou chateado, mas é preciso ter paciência\", diz.

O atraso de salário é outro problema, mas Marcão tenta contornar a situação. \"Estamos compreendendo o momento difícil, o clube está fazendo o que pode. E também sabemos que é preciso conciliar o esporte com outra atividade, para não depender somente desse dinheiro para pagar conta\".

Já em relação à flotilha, não há problemas. \"É mais do que satisfatória\", diz ele.

Fonte: O Dia / Ataque