Futebol

Remendado, porém organizado: Análise Tática do empate vascaíno

Olá leitor do SuperVasco. Inicia-se hoje uma série de estudo, reflexão e solução. Uma série que promoverá conhecimento, explicando detalhadamente como o Vasco joga, através de análises táticas responsáveis e concisas.

Aqui, a partir de hoje, o leitor do SuperVasco poderá conhecer tudo sobre o esquema tático vascaíno e suas variações ao longo das partidas. Aqui, o leitor encontrará análise, crítica, soluções e consciência. Embora que a emoção de ser vascaíno seja incrivelmente forte, a racionalidade é a dona da voz desse espaço e, portanto, sejamos sempre imparciais.

A importância de se falar de tática é cada vez mais inerente ao amante do futebol. Não importa se é torcedor de arquibancada, de sofá, de corneta, se é simpatizante, se trabalha ou não trabalha com futebol... entender de tática é para todos que gostam de futebol! Porque futebol é um esporte coletivo, e como qualquer grupo de trabalho, existem estratégias, que merecem ser estudadas para se compreender o \"todo\".

Falar de tática é falar de futebol! Não existe futebol sem tática. Não é possível saber tudo desse esporte sem saber sobre algo tão importante quanto saber sobre as estratégias das equipes.

Aqui, então, vascaíno, é isso que você encontrará! A tática falada de um modo didático, responsável e rico. Compromissado com a verdade, com o fato, com a razão.

Sou Igor Rufini, fundador e administrador de um dos maiores sites de análises táticas do Brasil, o A Prancheta (www.a-prancheta.com). Sou eu quem foi encarregado a fazer essa tarefa de tanta responsabilidade e importância: iniciar o tema \"tática\" nesse excelente site, o SuperVasco. Espero poder passar para vocês tudo aquilo que estudei, vi, vivi e senti nesse complexo, desafiador mas fascinante mundo das estratégias do futebol. Tudo da melhor maneira possível, com extrema qualidade e didática.

Estarei completamente aberto à sugestões, dúvidas, informações e críticas. Para isso, deixo em aberto meu Twitter (@igorfrufini) e email (igorfrufini@gmail.com) para contatos.

Espero que gostem do trabalho e que ele faça com que a torcida compreenda como o Vasco joga taticamente, e que surjam novos amantes desse tema verdadeiramente fascinante, a análise tática!

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FIGUEIRENSE 1 X 1 VASCO

Com muitos desfalques, dentre eles o negociado Rômulo, o Vasco foi a Florianópolis duelar contra o Figueirense e tentar um triunfo para \"juntar os cacos\".

Cristóvão Borges teve, de fato, sérios problemas para escalar o time. Mesmo assim, porém, o treinador conseguiu colocar em campo um time competitivo que conseguiu dominar amplamente o primeiro tempo.

Armado em um 4-3-2-1 torto e maleável, que variava diversas vezes para um 4-2-3-1, com a subida de Juninho para a linha de armadores e deixando Nílton preso ao lado de Eduardo Costa, o time vascaíno mostrava um meio de campo bem estruturado, forte e coeso. Embora, fraco tecnicamente, principalmente nos passes, devido aos dois volantes limitados, Nílton e Eduardo Costa.

Diego Souza, como de praxe, jogando encostado em Alecsandro, recuado, pelo lado esquerdo de campo. Na posição que costumeiramente joga Éder Luís, estava William Barbio.

William Matheus, uma das novidades do \"rejuntado Vasco\", ganhou a confiança de Cristóvão, muito em função de ser um lateral de boa consistência defensiva, tendo até atuado como zagueiro na sua passagem pelo mesmo Figueirense.

Remendado, porém organizado. Méritos a Cristóvão Borges.

\"Posicionamento

Compactado, o time vascaíno era bem melhor no jogo. No segundo tempo, porém, a história mudou. O Figueirense tendo que buscar o resultado, saiu para o jogo, colocando outros dois atacantes. O sistema defensivo vascaíno arriou. \"Homem ao mar!\", gritava o consciente de Cristóvão Borges que, olhando para seu fraco banco de reservas, preferia deixar o barco à deriva, que propriamente arruiná-lo.

Até demorou, e o Vasco sofreu o merecido empate. Nada mal, porém, para quem teve de juntar cacos para poder atuar fora de casa. O adversário era fraco? Sim. A vitória estava ao alcance? Também sim! Mas nem tudo são flores, e se o adversário era fraco, o Vasco era quebrado, rachado, remendado... e assim não tem cola que segure.

Poderia Cristóvão Borges, vendo o seu barco à deriva, fazer alterações na equipe? Pois ele fez! Se não chamou ninguém do banco, Cristóvão fez mudanças de posicionamentos dos que estavam em campo. Trocou William Barbio com Diego Souza, transformou o 4-3-2-1 em um, de fato, 4-1-4-1... Enfim, Cristóvão fez! Não deu certo, bem verdade, mas falar que o treinador de nada tentou, só porque não acreditou em seu fraco banco de reservas é injustiça e irresponsabilidade.

\"4-1-4-1

Segue o Vasco. Remendado, porém grande como sempre. Forte, só pelo nome. Segue o Vasco, esse time que se refaz novamente nesse grande desafio para Cristóvão Borges. Segue o Vasco sem Rômulo, mas Vasco como sempre. Remendado, porém ainda organizado. Ainda.

Por Igor Rufini.
Com agradecimento especial à Jessica Corais.

Fonte: SUPERVASCO.COM - Respeite os crédtios