Relembre história curiosa sobre Carlos Alberto Cavalheiro
Lamentamos informar o falecimento do Brigadeiro Carlos Alberto Martins Cavalheiro, Grande Benemérito do Club de Regatas Vasco da Gama, ocorrido entre a noite de ontem e a madrugada de hoje.
O enterro será hoje às 16:00 Hs. no cemitério São João Batista, zona sul da cidade.
Carlos Alberto foi goleiro do Vasco entre os anos de 1951 e 1957. Titular do time na conquista do Campeonato Carioca de 1956 e dos inesquecíveis Torneios de Paris e Troféu Teresa Herrera em 1957. Jogava por amor, pois sua função na Aeronáutica impedia que se profissionalizasse no futebol.
Sua transferência para São Paulo (pela Aeronáutica) o levou a atuar pela Portuguesa-SP, a partir de 1958 até o início dos anos 60. Foi um dos quatro goleiros selecionados pelo treinador Vicente Feola na fase de preparativos para a Copa do Mundo de 1958.
Defendeu o gol da Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 1959 em Chicago, chegando ao vice-campeonato da competição e também nos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinque, ocasião em que o Brasil disputou pela primeira vez as Olimpíadas na modalidade, terminando o certame na quinta colocação.
Como dirigente galgou postos no clube de seu coração, até vir a exercer a Vice-Presidência de Futebol nos anos 70, com destaque para sua participação nesta função em 1974, ano em que o Vasco conquistou seu primeiro título brasileiro.
Participou também, vinculado à CBD, sempre em função administrativa, das Copas do Mundo de 1974 e 1978, junto à Seleção Brasileira, na Alemanha em 1974 e na Argentina em 1978.
Já neste século foi presidente do Conselho de Beneméritos do clube por vários mandatos, sendo membro de tal poder desde o ano de 1976.
Um episódio logo no início de sua carreira como goleiro do Vasco marcaria o início de sua trajetória vitoriosa no futebol.
O Torneio Rio-SP, disputado no início daquela temporada era uma competição na qual se permitiam substituições. O Vasco trocara, no intervalo do jogo, o goleiro Barbosa por Ernâni, mas eis que o próprio Ernâni se machuca aos 20 minutos da segunda etapa. Os alto-falantes do Maracanã, por solicitação da direção vascaína, chamam Carlos Alberto (até ali assistindo a partida em meio à torcida) para adentrar ao campo de jogo a fim de defender a meta vascaína no restante do clássico.
Carlos Alberto saiu da condição de espectador para protagonista do espetáculo em alguns minutos, aparecendo uniformizado, já no gramado, pouco depois. Durante os 25 minutos finais do clássico fechou o gol cruzmaltino, garantindo o empate de 2 x 2, resultado do confronto no momento em que iniciou sua participação nele.
Partiu aos 80 anos, com uma bela história vivida, de dedicação, amor e luta em prol do Vasco e do esporte brasileiro como um todo, mais propriamente vinculado a uma de suas grandes paixões: o futebol.
Já deixa saudade
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