Futebol

Relembre erro de Leandro Vuaden contra o Vasco

RIO – Lista de melhores em qualquer coisa sempre dá polêmica. Ou tem nome que não deveria estar ou fica faltando alguém. A relação dos três árbitros indicados ao prêmio de melhor do Campeonato Brasileiro, divulgada na quinta-feira junto com os nomes dos jogadores candidatos a destaques da competição (relembre aqui), deve conseguir unanimidade. Sem controvérsia. Sem discussão. A conclusão dos torcedores de todas as bandeiras da Série A deve ser a mesma: que lista de melhores é essa? Se Paulo César de Oliveira, Leandro Vuaden e Sandro Meira Ricci são o supra-sumo da arbitragem no Brasileirão, Deus nos livre para sempre dos piores.

O paulista Oliveira, o gaúcho Vuaden e o mineiro Ricci protagonizaram erros importantes, que influenciaram decisivamente alguns jogos. O mais grave e chocante de todos tem a assinatura de Paulo César. Na 35ª rodada, no jogo entre Internacional e Bahia, no Beira-Rio, o árbitro ignorou um pênalti claro em entrada violentíssima do zagueiro colorado Bolívar no lateral-esquerdo Dodô. O jogador do Bahia levou uma pancada no joelho que não só o tirou de campo como também do restante do campeonato. Dodô passou por cirurgia e terá que ficar seis meses em recuperação, sem jogar. O que fez Oliveira no lance? Inventou um tiro livre indireto dentro da área, em vez de marcar pênalti. E aplicou apenas o cartão amarelo em Bolívar, para espanto geral de todos no estádio e na TV. O zagueiro-açougueiro foi premiado com o cartão amarelo, como se recebesse um salvo-conduto para continuar exercendo sua violência à vontade.

Os erros de arbitragem têm sido constantes no Brasileirão. Este é quase um campeonato em que se poderia abrir mão de premiar árbitros. O site “Placar Real” se dedica a analisar os lances polêmicos de cada rodada. Segundo o levantamento feito até a 37ª rodada, Paulo César de Oliveira aparece com seis erros nas 15 partidas que comandou. Uma semana após o absurdo no Internacional x Bahia, teve atuação confusa no empate em 0 a 0 entre Flamengo e Atlético-GO, no Serra Dourada, em Goiânia. E desagradou as duas torcidas, ao deixar de marcar dois pênaltis, um para cada lado.

Os rivais de Oliveira no prêmio de melhor árbitro (ou seria na quantidade de erros?) não ficam muito atrás. Segundo o “Placar Real”, Sandro Meira Ricci cometeu sete erros nos 18 jogos em que apitou. Leandro Vuaden foi árbitro em nove partidas. Em quatro delas cometeu equívocos em lances capitais. Detalhe: os três são do quadro de árbitros da Fifa.

Um torcedor que tem muito a reclamar de Vuaden é o do Vasco. No jogo contra o Palmeiras na 35ª rodada, o juiz deixou de marcar um pênalti em Felipe muito lamentado pelo torcedor do time de São Januário. Uma vitória deixaria o clube carioca em melhor situação na disputa do título. O jogo acabou 1 a 1. Na 36ª rodada, o gaúcho errou em outro empate em 1 a 1, dessa vez entre Cruzeiro e Atlético-PR. O árbitro marcou impedimento de Paulo Baier no lance que daria o gol da vitória ao Furacão, que luta contra exatamente o Cruzeiro para não cair para a Série B. Vuaden errou ainda 32ª rodada, na vitória do Corinthians sobre o Avaí por 2 a 1. Ele validou um gol de Robson, do Avaí, num lance em que o centroavante William, que deu o passe final, estava em impedimento.

Do trio que tem dado calafrio, Sandro Meira Ricci é o que tem o desempenho menos catastrófico em lances duvidosos. Talvez isso posa ser visto como uma evolução do árbitro. No ano passado, ficou no centro das atenções após marcar um pênalti polêmico em cima de Ronaldo num jogo decisivo entre Corinthians e Cruzeiro. A vitória do Timão por 1 a 0 tirou a equipe mineira da disputa do título daquele ano.

Fonte: Blog Jogo Extra