Futebol

Relação Vasco-Fluminense com a CBF: dois pólos

Vasco e Fluminense poderiam ser irmãos em vez de rivais. A relação entre as duas diretorias sempre foi fraternal. Ano passado o Vasco até cedeu São Januário para o Fluminense disputar algumas partidas. Mas quando o assunto é a relação dos clubes com a CBF, os \"irmãos\" estão em patamares diferentes. Enquanto o clube de São Januário vive em pé de guerra com a entidade, a relação do Fluminense é cordial e amiga.
Médico de grande parte da diretoria da CBF, inclusive do técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, o presidente do Fluminense, Roberto Horcades, mantém amizade com todos. Mas o dirigente garante que esse fato não influencia a relação clube-entidade.

- Nunca misturei o doutor Horcades com o presidente Horcades.

Tenho uma relação pessoal de mais de 35 anos com Ricardo Teixeira, mas isso nunca beneficiou o clube afirmou Horcades.

Para o presidente, esse tipo de benefício seria até antiético. Horcades ainda acha que a CBF não beneficiaria o Fluminense por sua causa.

- Nunca procurei tirar proveito de minha amizade. Até poderia fazê-lo, mas não sou mau-caráter e na minha visão isso é mau-caratismo - disse o presidente tricolor.

Sobre a relação dos rivais com a entidade máxima do futebol brasileiro, Horcades disse que a guerra é antiga. O dirigente lembrou que ao longo dos anos em que faz parte da diretoria do Fluminense nunca viu briga alguma com a CBF.

- Não sou eu que não arrumo confusões. O Fluminense sempre primou pela forma tranqüila de discutir, desde a época de David Fischel - relembrou.

Enquanto o Fluminense prima pela cordialidade, as coisas no Vasco são vistas de maneira diferente.

Eurico Miranda, presidente do Vasco, e Ricardo Teixeira inclusive já foram aliados. Mas a relação desandou e hoje é difícil ver Vasco e CBF entrarem em um consenso. A briga pelo direito de jogar em São Januário é apenas um recente exemplo.

- Essa perseguição é fruto da postura do Vasco contrária à direção da CBF - disse o presidente do Vasco, Eurico Miranda.

Fonte: Lance