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Reforma na sede náutica foi custeada por torcedores do Vasco

O Vasco inicia hoje nova etapa de sua história com a, digamos, reinauguração da sede náutica. E por que nova etapa? Porque foi obra de reforma iniciada em 2020, custeada por apaixonados torcedores de vários cantos do mundo, que recuperou um dos patrimônios mais valiosos do clube.

O prédio inaugurado em agosto de 1950 às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas estava completamente abandonado, com infiltrações por todos os cantos e já mal servia para alojar os barcos das regatas. Um abandono inexplicável e indefensável para uma instituição do tamanho do Vasco.

Hoje, com a modernização de instalações hidráulicas e elétricas, obras de alvenaria para criação de novas dependências, e reparo na fachada, está revitalizada e reluzente. Pronta, inclusive, para servir à presidência do clube, desalojada de São Januário com o aluguel do estádio para a 777 Partners.

Idealizado e coordenado pelo apaixonado Fernando Lima, o popular Zé Colmeia, sócio e fisioterapeuta campeão pelo clube em 2000, o projeto reuniu vascaínos de diferentes correntes políticas. E movimentou mais de R$ 3 milhões, em números estimados e em doações das mais variadas formas.

Se pensarmos que os clubes fundados no final do século XIX cresceram nos últimos cem anos em função do espontâneo engajamento de seus simpatizantes, o movimento resgata um espírito poucas vezes hoje. E, levando em conta a história da criação do próprio Vasco, o feito é mais significativo.

O espaço ainda abrigará o Museu Candinho, que conta a história cruzmaltina e homenageia Candido José de Araújo, primeiro presidente negro de um clube no Brasil, bicampeão de remo em 1905/06, eleito em 1904, 16 anos após a abolição da escravatura.

Gol histórico na luta pela preservação dos valores da instituição - que o exemplo seja inspirador...

Fonte: Instagram de Gilmar Ferreira