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Reforma do Célio de Barros é um quarto mais barato que demolição

O valor estimado para reconstruir a pista do Estádio de Atletismo Célio de Barros é de aproximadamente R$ 8 milhões. A estimativa foi feita pela empresa que reformou o local, em 2005, Lisonda, a pedido da Federação de Atletismo do Rio para apresentar ao governador Sérgio Cabral, em reunião que decide o futuro do estádio nesta sexta-feira, no Palácio Guanabara. A proposta da Federação é que o estádio seja reformado, mas permaneça onde está.

O custo para demolição e construção de uma nova pista é de no mínimo R$ 29 milhões, previsão feita pelo consórcio de empresas (Odebrecht, IMX e AEG) na proposta que venceu a concessão do Maracanã, segundo o jornal O Globo.

Se o governador decidir pela manutenção do Célio de Barros - impedindo que o Consórcio Maracanã construa no local um edifício garagem com espaços para lojas - os lucros do negócio diminuirão de forma significativa. De acordo com estudo do Ministério Público, a construção do shopping custaria R$ 127 milhões, mas geraria um lucro de aproximadamente R$ 19 milhões por ano, ao pool de empresas.

Restauração da pista - Não estão incluídos no valor estimado pela Federação outros gastos necessários para recuperar o Célio de Barros, como a remoção da camada de asfalto colocada sobre a pista que serviu de estacionamento, durante a Copa das Confederações, no Maracanã, em junho. Na ocasião, as raias receberam uma camada de 50 cm de aterro, além do asfalto.

Na reunião de quarta-feira, o Governo do Estado sugeriu demolir o Célio de Barros e construir uma nova pista, mas com padrões olímpicos, em terreno próximo ao Morro da Mangueira, do outro lado do Maracanã. A proposta, no entanto, perdeu força quando o governador foi alertado de que o terreno tem apenas 23 mil metros quadrados e não possui tamanho suficiente para atender a todos os requisitos técnicos de um estádio olímpico, como pistas para aquecimento.

O atual Célio de Barros tem dois mil metros a mais que todo o terreno oferecido como alternativa. E na escala de níveis de pista, da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), recebe a nomeação A2, que vem logo atrás das pistas olímpicas, como o Engenhão, que é A1.
Na saída da reunião de quarta-feira, o presidente da Federação, Carlos Lancetta, comentou a proposta:

\"O governador ficou muito sensibilizado. Não precisamos de mais um estádio olímpico no Rio. Já temos o Engenhão. E é lá que serão realizadas as provas na Olimpíada\", disse.

Fonte: ESPN BRASIL - ESPN.COM.BR