Reforma da Lei Pelé que blinda transferência de jogadores avança no Senado
Os clubes brasileiros devem ficar mais protegidos. Pelo menos é isso o que assegura o senador Álvaro Dias, relator do projeto de reforma da Lei Pelé. A proposta visa prolongar a permanência dos jovens jogadores no Brasil e foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça. Agora, terá de passar pela Câmara dos Deputados.
No projeto, o contrato inicial do jogador com a equipe brasileira poderá ser de cinco anos o clube formador terá preferência para renovar o compromisso por mais três temporadas.
Além disso, ele anula o valor legal de um contrato assinado entre agentes e jogadores menores de 18 anos, uma prática cada vez mais comum que serve de ligação entre equipes estrangeiras e a promessa.
O projeto organiza melhor o esporte nacional, inclusive responsabiliza os dirigentes por gestão temerária. Garante o direito de retorno de investimentos aos clubes, estabelecendo a possibilidade de multas que dificultam a saída precoce do atleta, disse Álvaro Dias.
A reforma na Lei Pelé visa impedir que casos como o do jovem Phillippe Coutinho, do Vasco, aconteçam. Com 16 anos, o jogador firmou acordo com a Internazionale de Milão e deverá se transferir para o clube italiano agora no segundo semestre, quando já estará com 18 anos.
Segundo números da Confederação Brasileira de Futebol, 1.017 jogadores deixaram campeonatos locais no ano passado para se aventurarem em outros países. Este ano, com dados atualizados até abril, o número de transferências internacionais já passa de 378.