Redução de elenco e poucos reforços: Vasco tem missão decisiva nesta pausa
O Vasco termina a "primeira parte" do Campeonato Brasileiro, antes da pausa para a Copa América, com nove pontos, na 15ª posição na tabela de classificação, e com missões muito importantes para cumprir. Durante o recesso, o Cruz-Maltino precisa se preocupar em reduzir o número de jogadores no elenco profissional e procurar poucos reforços, além de se isolar de problemas políticos.
Redução do elenco
Atualmente, o elenco do Vasco tem 34 jogadores que treinam juntos, entre quem está 100% fisicamente e quem está lesionado. Além deles, há quem trabalhe separado: Moresche, Dudu, João Pedro, Luan e Bruno Henricky. Bruno Gomes, Caio Lopes, Ulisses e Kainandro costumam participar das atividades com o time profissional, mas atualmente estão no sub-20.
Ao todo, 39 jogadores fazem parte do elenco profissional (34 integrados e cinco afastados, treinando em horários diferentes). A ideia da comissão técnica é diminuir o número para poder trabalhar melhor e ter entre 30 e 35 atletas, somando até quem transita pelo sub-20, no dia a dia.
A expectativa é emprestar alguns jogadores. O primeiro da lista a deixar o clube foi Willian Maranhão, que foi para o América-MG por empréstimo até o fim do ano, sem o Vasco pagar os salários.
Reforços
Em meio a uma grave crise financeira, o Vasco não terá condições de reformular o elenco - nem seria essa a proposta da comissão técnica. Em contrapartida, a expectativa é de que o Cruz-Maltino contrate pelo menos dois jogadores para serem titulares do elenco comandado por Vanderlei Luxemburgo.
Em entrevista recente à Vasco TV, o técnico falou da necessidade de reforços que "cheguem para jogar". O principal problema do Cruz-Maltino é a condição financeira em que o clube se encontra, com um mês de salários e dois de direitos de imagem atrasados com o elenco e dois com os demais funcionários.
Problemas políticos e finanças
Enquanto busca recursos para contratar e acabar com atrasos de salários, o Vasco enfrenta os já tradicionais problemas políticos. Há duas semanas, duas reuniões do Conselho Deliberativo foram importantes.
Na primeira, os conselheiros votaram pela não abertura de uma sindicância para apurar possíveis irregularidades do presidente Alexandre Campello à frente do Vasco. Por considerar a investigação uma manobra política, o dirigente já tinha uma carta de renúncia pronta se o "sim" vencesse a votação.
Quem teve participação decisivo na virada, já que a expectativa de todos era de que Campello fosse, sim, investigado, foi Euriquinho. O ex-diretor de futebol defendeu a não abertura da sindicância, que, segundo ele, pararia o Vasco por pelo menos um mês, até que o presidente fosse afastado ou não.
Na semana seguinte, os conselheiros voltariam a se reunir para discutir outro assunto importante: o empréstimo de R$ 20 milhões. No mesmo encontro em que Alexandre Campello se livrou da sindicância, o Conselho aprovou apenas R$ 10 milhões dos R$ 30 milhões pedidos inicialmente e prometeu se reunir de novo para votar o restante.
O segundo encontro, porém, não aconteceu. Por falta de quórum, numa ação orquestrada, na visão de Alexandre Campello, o Conselho não votou os R$ 20 milhões. Portanto, o empréstimo, pelo menos por enquanto, não poderá ser pedido.
Folga reduzida
Em uma decisão entre comissão técnica e jogadores, o Vasco terá menos tempo de folga do que as demais equipes depois da última rodada do Campeonato Brasileiro antes da pausa para a Copa América. Enquanto as seleções estarão em ação, o Cruz-Maltino ficará apenas cinco ou seis dias sem treinar.
Na última quinta-feira, o Vasco venceu o Ceará por 1 a 0. Na terça-feira ou na quarta o elenco já volta aos trabalhos no CT do Almirante.
Viagem
O Vasco será o único time do Rio de Janeiro a viajar durante a pausa da Copa América: vai para Foz do Iguaçu na reta final de preparação para o retorno do Campeonato Brasileiro. A ideia é ir na última semana antes do jogo contra o Grêmio, na Arena, marcado para 14 de julho.
Fonte: (ge)