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Ramon, sobre corpo mole: "Hoje, isso não existe mais no futebol"

Na manha desta segunda-feira (24/01), o lateral-esquerdo Ramon concedeu entrevista para o repórter Gustavo Penna no programa \"Momento Esportivo\", da Super Rádio Brasil. Na oportunidade, o camisa 33 garantiu que o grupo não tem problema algum com PC Gusmão e afirmou que corpo mole não existe mais no futebol.

Confira na íntegra a transcrição da entrevista:

O Grupo do Vasco tem algum problema com o PC Gusmão? Houve discussão no vestiário?

\"Acompanhei algumas notícias que teria tido reunião, que o PC teria se desentendido com o Carlos Alberto e isso é totalmente fora de nexo. Fui o primeiro a entrar no vestiário e o último a sair para o campo, por conta da pancada que tomei, e não teve nada disso. O clima com o PC é totalmente bom, não existe nada de ruim. Às vezes houve alguma coisas no vestiário para incentivar, mas com a cabeça ruim, a gente acaba falando o que não deve. Se um dia eu ver um jogador, até mesmo eu, de corpo mole para querer influenciar de maneira ruim e fazer mal ao PC, pode ter certeza, confusão ele vai ter. Acho que isso é falta de profissionalimos, de índole e de cárater. Acho que a gente pode errar, pode jogar mal e pode errar um passe, mas corpo mole não existe hoje mais no futebol.\"

Faltou empenho aos jogadores contra o Nova Iguaçu? Foi um vergonha?

\"Acho que vergonha seria num momento que o time tivesse brigando para cair para a série B, em uma outra situação, aí seria vergonha. Acho que é mais um sinal de alerta, pois a gente nunca iniciou uma competição assim, perdendo dois jogos para times de menor expressão. A gente tem que tá ligado, o sinal vermelho ligou, mas você tem que ter os pés no chão e saber que esse momento não é de falar, é momento de treinar, se focar e concentrar mais, para que a gente possa executar as coisas com mais perfeição. Quanto ao empenho discordo, pois falar que a nossa equipe não se empenhou acho que seria uma mentira, até porque nós empatamos o jogo e por conta de um erro, todo mundo poderia errar, tomamos o gol. Acho que a perna ainda não tá legal, mas muitos vão falar que os outros times estão ganhando, mas eles são eles e nós somos nós. Falta entrosamento também, pois a gente treinou a pré-temporada toda com um time e tenho certeza que quando voltar a considerada zaga titular e o Eduardo Costa, que dará mais experiência ao setor defensivo, acho que vai dar um conjunto maior, uma força maior para o time.\"

Algo tem que ser mudado?

\"Quando o resultado não é favorável, não é positivo, alguma coisa deve ser mudada. Então, a gente todo dia como jogador, como profissional, como homem, está sujeito a mudança. Então, a gente tem que focar mais, pensar, às vezes se concentrar mais no que está fazendo nos treinamentos, para que a gente possa tá mudando algumas coisinhas pequenas que acabam influenciando de maneira muito grande no resultado. Você tomar um gol com menos de 20 minutos, vindo de uma derrota, é meio complicado. É díficil, mas qualquer ser humano não pode se abalar, tem que se manter frio e manter tranquilidade, para que possamos buscar o resultado. No momento nosso, de querer sair, de querer definir logo o resultado no campo adversário, a gente acabou errando algumas trocas de passes e resultou no gol. Nós também tivemos diversas chances de gol e não fizemos. É complicado, não é o momento de achar culpados; todo mundo tem que ficar quieto, fechar a boca e trabalhar, para que a gente possa tá começando quinta-feira com a vitória, para que as coisas voltem a caminhar como tem que ser.\"

A partida contra o Boavista é de vida ou morte?

\"Muda de ares, pois a gente ganhando vai para a obrigação daquele clássico, que todo mundo sabe que é um campeonato à parte, contra o Flamengo. Temos que ganhar, até mesmo pelas condições da gente dentro da competição. Se houver um resultado ruim, Deus nos livre de um negócio desse, temos que ganhar domingo de qualquer maneira. Então, esse jogo de quarta-feira é um divisor de águas. Esse jogo de quinta-feira é muito importante, tanto para dar confiança para o clássico, para entrar consciente, seguro, pois será um jogo muito díficil.\"


Transcrição feita por: Carlos Gregório Júnior (twitter:@CarlosGregJr)

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