Futebol

Ramon quer acabar com síndrome da camisa 6 no Vasco

O lateral-esquerdo Ramon chegou ao Vasco durante a pré-temporada e em pouco tempo conquistou a torcida cruzmaltina, e o técnico Dorival Júnior. Contratado ao Internacional, o jogador, de apenas 20 anos, tem dado conta do recado e parece estar resolvendo o problema crônico do setor, que no ano passado não conseguiu ter um titular absoluto.

Mesmo jovem, o jogador se mostrou consciente de que ainda precisa ter uma sequência maior de partidas para ser considerado a solução da lateral esquerda. Em um bate-papo com a imprensa, Ramon falou de suas últimas atuações, da expectativa para o clássico de domingo, e de tomar conta de vez da camisa 6 cruzmaltina.

GLOBOESPORTE.COM: Você parece ter conquistado a torcida vascaína. Qual é o segredo?
RAMON: É difícil chegar ao topo. Mas o mais difícil é se manter lá em cima. Temos que nos aperfeiçoar a cada rodada para manter uma regularidade durante todo o ano.

O clássico do próximo domingo vai ser o primeiro de muitos jogadores do elenco vascaíno. Você acha que o grupo pode sentir o fato de jogar pela primeira vez no Maracanã?
Temos pouca idade, mas não vai ser problema para ninguém jogar no Maracanã. O Nilton foi campeão, eu fui campeão da Sul-Americana, e outros atletas aqui já estão acostumados com a pressão. O clássico é assim mesmo. Você sai do céu para o inferno com uma rapidez muito grande. Se você vencer, a torcida fica feliz. Se perder, a história muda de figura.

No ano passado, o Vasco teve problemas para encontrar um camisa 6. Esse ano, você caiu nas graças da torcida. Você acha que está no caminho certo para relembrar os bons laterais que passaram pelo clube nos últimos anos?
Estou fazendo o meu trabalho. A torcida não conhecia o time e se perguntava: quem é esse jogador ou aquele? Sempre fica uma interrogação. Agora, conhecendo o grupo, eles dão apoio e dão moral durante os jogos. A partir daí, você pode ousar ainda mais. Espero cair nas graças da torcida e fazer uma boa campanha aqui em 2009.

Você já disputou o clássico entre Internacional e Grêmio, no Sul. Agora, você vai encarar um Vasco e Fluminense pela primeira vez. Você acha que tem alguma diferença?
São bem diferentes. No Sul, os clássicos não são tão bem jogados como aqui. A pegada é maior, não se tem tanta facilidade para jogar. Não desmerecendo um Grêmio e Internacional, mas o clássico aqui mexe com o Brasil todo. Independentemente da colocação dos times, clássico é clássico.

E você já jogou no Maracanã alguma vez?
Joguei duas vezes no Maracanã. Na primeira vez, eu fiquei um pouco nervoso. Agora, não vai mudar nada. Sou novo, o nosso time é novo, mas alguns atletas são experientes. Temos que tratar o Maracanã como se fosse um estádio normal.

Fonte: ge