Ramon encontra na base solução para lacuna deixada por Marrony
Foi olhando para dentro de casa que Ramon encontrou a solução para a lacuna deixada por Marrony, vendido para o Atlético-MG. Vinicius Paiva, 19 anos, cria do Vasco, dá toda pinta que vai ser firmar como titular do ataque.
Com três gols Germán Cano ficou com todo protagonismo, mas Vinícius foi muito bem. Especialmente no primeiro tempo, infernizou a defesa do Macaé. Ele não chega a ser uma novidade, uma vez que já vinha pedindo passagem antes da paralisação. Cresceu ainda mais, no entanto, com o time organizado, algo que não acontecia com Abel Braga. E a saída de Marrony abre definitivamente espaço para a joia se firmar.
- Conversei com Ramon, que me deu apoio total. Ele só queria que eu jogasse meu futebol da maneira que sei. Fiquei muito satisfeito com a minha atuação e mais ainda com a nossa vitória.
- Eu me considero versátil. Não tenho preferência. Seja qual lado do campo me colocarem para jogar, eu vou jogar. Vou sempre dar o meu melhor.
Na disputa pela vaga, ele conta com importantes aliados: os torcedores. Apoio e lobby da torcida ele já tem.
- Me surpreende. Uma das melhores situações que existe no futebol é quando a torcida pede para você entrar. É marcante eu ter conseguido isso tão rapidamente.
Jovem de personalidade e poucas palavras
Arisco em campo, Vinicius é de poucas palavras fora dele. A timidez, no entanto, passa longe do garoto, que transmite confiança a cada palavra. A personalidade parece o ajudar na rápida adaptação ao profissional. Vinicius foi integrado ao elenco no fim de janeiro, após boas atuações na Copa São Paulo e Juniores.
- A Copinha foi muito especial para mim. Consegui mostrar bem o meu futebol e a maneira que jogo.
- Quanto ao amadurecimento, não tem segredo. Sempre joguei com pessoas mais velhas, e isso me ajudou. Mas continuo aprendendo.
Acidente na base
Cria da Vila da Penha, região do Rio de Janeiro que revelou craques como Romário, Vinicius chegou ao Vasco em 2016. Foi jogando na base do Madureira, em um jogo contra seu atual time, que ele despertou a atenção do clube de São Januário.
No ano seguinte, no entanto, um grande susto. O ônibus com a delegação do Vasco sofreu um acidente na altura de Cachoeiras de Macacu, quando retornava de um jogo em Friburgo. Felizmente ninguém morreu, mas o saldo foi de cinco feridos. Entre eles, Vinicius. O acidente o afastou por um período dos treinos e jogos.
- Tive um ferimento, mas me recuperei muito bem. Não tive medo, sempre tive fé. A minha família e o Vasco me apoiaram bastante. A recuperação levou cerca de um mês.
Atacante chamou a atenção de Luxa
Espécie de 12º jogador do time que foi vice campeão da Copinha no ano passado, Vinicius passou a ser observado de perto pelo departamento de futebol profissional. Foi Vanderlei Luxemburgo, no ano passado, que o chamou para treinar.
- O Vinicius fazia parte do grupo de atletas de base que a gente observou. Chamava atenção pela velocidade, é um menino muito ágil. Conversamos muito com ele, como conversamos com todos os outros também, não basta jogar o atleta no profissional, tem que respeitar todo um processo, passar uma série de questões - lembra Mauricio Copertino, auxiliar de Luxa no Vasco e agora no Palmeiras.
Nas mãos de Luxa, Vinicius ficou com a orelha quente, mas evoluiu. O técnico gostava o futebol do garoto, mas cobrava mais objetividade, quando o garoto arriscava dribles e jogadas de efeito desnecessárias. Vinicius não chegou a jogar, mas foi relacionado para alguns jogos no Brasileirão do ano passado. Ficaram as dicas e lições de Vanderlei.
- Recebi muitas dicas dele nos treinos. Não trabalhamos juntos por muito tempo, mas posso dizer que aprendi bastante com ele.
Vinicius ainda vive com a família na Vila da Penha. Região que revelou craques para o Vasco, como Paulinho e Romário. Sua família, inclusive, é amiga dos parentes do atacante do Bayer Leverkusen, vendido pelo Vasco em 2018.
Foi na região que Vinicius deu os primeiros passos no futebol e mantém até hoje as amizades de infância. Foi lá, pela televisão, na infância, que acompanhou craques como Ronaldinho Gaúcho, Messi e Neymar, suas referências. A inspiração, no entanto, é outra.
- No futebol, um grande ídolo é o Ronaldinho Gaúcho. Tem também o Messi. Esse joga o futebol de outro mundo. Gosto muito do Neymar também. Mas inspiração é na minha família. Ela é a base de tudo.
Fonte: geMais lidas
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