Ramon e Dorival Júnior descartam clima de euforia
Aniversário do clube, jogo no Maracanã, perspectiva de estádio cheio e chance de chegar à liderança do Brasileiro da Série B. O enredo que motiva os torcedores e provoca filas por ingressos pela cidade, do muro para dentro do Vasco-Barra é encarado de forma diferente.
Ontem, sem meias palavras, o técnico Dorival Júnior mostrou que os ingredientes que cercam a partida contra o Ipatinga, sábado, não lhe agradam tanto.
Para mim, é mais dor de cabeça. Não podemos criar o espírito de festa, coisa que o jogo não é. Foram criados todos estes elementos em torno do jogo, mas para nós é mais uma partida dura. Está em disputa uma liderança momentânea apenas. Não é uma decisão de campeonato, é uma decisão de pontos disse Dorival Júnior.
Técnico testa novas mudanças no time titular O discurso se molda, entre outras preocupações, a partir da necessidade que Dorival enxerga de tirar o peso de um jogo tratado pela diretoria como emblemático.
Dirigentes, inclusive, lamentaram que não haja transmissão em TV aberta, o que daria visibilidade ao Vasco em dia de Maracanã cheio. Já foram vendidos 24.300 ingressos. Ontem, houve longas filas em todos os pontos de venda.
Temos que separar as coisas.
Nem há motivo para euforia.
Há pouco tempo, tínhamos a desconfiança de muitos. A derrota do Atlético-GO foi inesperada.
Hoje, é o time que joga o melhor futebol da Série B. Está um degrau acima e temos que correr atrás disse Dorival.
O lateral Ramon segue a mesma linha. Mas admite que o segundo turno pode virar uma contagem regressiva para a volta à Primeira Divisão.
A liderança seria um passo importante. No segundo turno, seria aquela contagem de jogos que faltam para subir. Mas o papel de festa é do torcedor. A gente tem um jogo dificílimo afirmou Ramon, para quem o Vasco aprendeu a jogar a Série B. A gente se adaptou após a metade do primeiro turno. Série B é joguinho feio, decidido aos 44 do segundo tempo.
Além dos jogos com Ipatinga e Ceará, o Vasco fará outras partidas no Maracanã. Por uma redução de custo de aluguel do estádio, o clube assinou uma carta de intenções com a Suderj e estima fazer jogos nos estádio até o fim do ano. O Vasco, no entanto, ainda paga mais do que Flamengo e Fluminense, que atuam sistematicamente no Maracanã.
Em paralelo, o clube espera obter, nos próximos dias, o laudo que amplia a capacidade de São Januário de 18 mil para 24,5 mil pessoas.
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