Ramon diz que o Vasco é agora uma equipe consistente

O início foi vexaminoso, com quatro derrotas seguidas. Depois o Vasco conseguiu três vitórias seguidas, marcando 18 gols em três jogos. Em seguida, estreou na Taça Rio com derrota, e agora vem de uma vitória de 4 a 2 sobre o Duque de Caxias. Para o lateral-esquerdo Ramon, apesar do tropeço contra o Macaé, após a troca de comando técnico - saída de Paulo César Gusmão e entrada de Ricardo Gomes - o time cruz-maltino cresceu e tem tudo para continuar evoluindo.

- O Vasco é agora uma equipe consistente, de um equilíbrio de jogo tanto pela esquerda quanto pela direita. Muito melhor do que no primeiro turno, com uma marcação muito mais forte e, com os jogadores que estão chegando, muito mais talentosa do meio para frente - analisou o lateral.

Para ele, a maior demonstração ocorreu no jogo passado, do qual não pôde participar por estar suspenso, pela expulsão na derrota de 3 a 1 para o Macaé. Porém, faz um alerta para o jogo contra o Madureira, neste domingo, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda:

- Na quarta foi muito melhor, a marcação muito melhor também, mas temos de ficar ligados, porque já tomamos cinco gols em dois jogos. Realmente ali atrás tem de haver uma atenção maior.

Para a partida contra o Madureira ele aponta o caminho da vitória:

- Procurar evitar sair atrás no marcador, tentar sair na frente, que é o mais importante. E ter a humildade de marcar, porque qualidade o nosso time tem. Com marcação forte a qualidade do nosso time vai sobressair e aí é  só deixar o jogo do Vasco fluir.

Surpresa


Sobre a saída do atacante Marcel, que teria deixado o clube por estar inconformado com a reserva, Ramon lamentou muito e desejou felicidades ao agora ex-companheiro:

- Eu mesmo fui pego de surpresa. Estava saindo vestiário e vi o Marcel se despedindo. Claro, eu respeitei, não perguntei nada porque ele não queria falar. Mas é uma perda muito grande, o Marcel é o artilheiro do nosso time, vinha fazendo gols, vinha tendo ótimas atuações, mas coube a ele, se se sentiu incomodado ou não, tem todo direito de expor o que ele pensa para sair. Acho que tem de ficar aqui mesmo quem quer, quem quer mesmo encarar o desafio de buscar o título. Se ele se sentiu incomodado, que seja feliz. É uma excelente pessoa, totalmente tranquila, feliz, sabe o que quer, mas não deu certo. Que ele siga a carreira dele e seja feliz.

Por outro lado, Ramon acha que ser reserva de um grande time não é demérito para ninguém:

- Um time que quer ser campeão tem de ter peças de reposição. O Brasil tem de perder essa coisa de titular e reserva. Você vê jogos lá fora em que às vezes o astro do time está no banco. Tem jogo que pede um meio de campo mais forte, com mais marcação, e em outro com mais toque de bola, um pouco mais leve, depende do jogo. Então cabe ao treinador determinar e ver isso. Se ele determinou essas trocas, é porque ele achava que o time precisava. Tem de respeitar a decisão dele, quem manda é ele. Tem de treinar, buscar sempre estar melhor para o estilo de jogo dele, que mais gosta, e sempre estar pronto para começar o jogo como titular.