Ramón Díaz organiza equipe com o que tem e faz bom clássico; análise
Ciente de suas limitações e sempre batendo na tecla de que ainda aguarda a chegada de mais reforços, Ramón Díaz não armou o Vasco para ser protagonista no clássico deste domingo. Em vez disso, deu a bola ao Flamengo e preferiu verticalizar os ataques. A estratégia levou um tempo para engrenar, mas deu certo. A vitória parou em cima da linha.
No primeiro teste para valer na temporada 2024, o Vasco competiu. Se Léo Jardim precisou aparecer no fim para salvar a equipe, defendendo um pênalti de Gabigol, Léo Pereira foi quem evitou a derrota do Flamengo em dois lances onde o gol de Pablo Vegetti parecia inevitável.
- Eles tiveram a posse de bola por muito tempo, mas as ocasiões mais claras foram do Vasco. Eles têm praticamente dois times, um melhor que o outro. Temos um time em construção, sabemos a nossa limitação - avaliou Emiliano Díaz depois da partida.
Enquanto os reforços não chegam, ele e Ramón organizam a equipe com o que tem. Contra o Flamengo, a formação com três zagueiros (Léo, Medel e João Victor) demorou a engrenar, e a equipe foi completamente dominada pelo adversário até a parada técnica do primeiro tempo.
Depois disso, o Vasco conseguiu aos poucos entrar no jogo. A estratégia de Ramón Díaz era usar a parede de Vegetti e David, dois atacantes fortes, e liberar o corredor para os laterais Lucas Piton e Paulo Henrique. Ambos fizeram ótima partida no Maracanã, sobretudo Piton.
Foi dele o cruzamento aos 44 minutos em que Vegetti apareceu nas costas de Varela e tocou com consciência no canto. O goleiro Rossi já estava vendido no lance, mas Léo Pereira mostrou agilidade e tirou a bola praticamente em cima da linha. O Vasco tinha menos posse, trocava menos passes, mas foi para o intervalo com a melhor chance do jogo.
Vegetti e Gabigol não decidem
Mais uma vez Ramón Díaz não conseguiu avaliar o seu meio de campo com Jair. Depois de ser expulso com cinco minutos contra o Bangu, o volante voltou de suspensão neste domingo, mas saiu de campo aos 10 do primeiro tempo, após entrada de Gerson. Mateus Carvalho entrou em seu lugar e deu conta do recado (ao menos, defensivamente falando).
Já Payet fez sua segunda partida como titular na temporada e sofreu demais com a marcação do Flamengo, que povoou o meio de campo e deu poucos espaços para o francês. Ainda assim, ele participou das principais jogadas do Vasco e terminou o clássico com três finalizações.
Aos 13 do segundo tempo, o Vasco perdeu outra chance de definir o clássico. Vegetti não conseguiu aproveitar a indecisão da defesa do Flamengo, chutou em cima de Léo Pereira. Em seguida, a bola bateu na trave e incrivelmente não entrou. Diferente do lance do primeiro tempo, mérito total do zagueiro rubro-negro, neste o argentino deveria ter caprichado.
O clássico ficou aberto, com chances lá e cá, mas caminhava para um empate sem gols até que o árbitro marcou pênalti de João Victor em cima de Arrascaeta. Gabigol foi para a cobrança, mas Léo Jardim defendeu sem dar rebote e garantiu um ponto para o Vasco.
Fonte: geMais lidas
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