Ramon aproveita isolamento social para rever jogos do Vasco de 2019 e 2020
A paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus afetou o começo do trabalho de Ramon Menezes no Vasco. Perto de completar um mês de efetivação, o ex-auxiliar precisou adaptar a rotina. Tanto que decidiu aumentar a banda de internet para poder rever jogos e realizar reuniões virtuais com jogadores, dirigentes e demais integrantes da comissão técnica sem sofrer com a oscilação da conexão.
Ramon foi para o sítio da família, localizado em Vassouras, interior de Minas Gerais, pouco depois que o time de São Januário anunciou férias coletivas - o período inicialmente terminaria no último 20 de abril e posteriormente foi ampliado até a próxima quinta-feira. Ele, inclusive, já estava fora do Rio quando acabou anunciado como substituto de Abel Braga, fato ocorrido em 30 de março.
- Tudo aconteceu quando já estávamos no recesso. Então, aumentei a qualidade da internet no local onde estou para poder seguir a rotina de estudos de elenco, adversários, montagem de programação e reuniões com departamento de futebol, diretoria e conversas com o elenco. Quando percebo o dia passou e felizmente estamos produzindo material para quando reapresentarmos ganharmos tempo - contou Ramon.
Aplicativos de troca de mensagens e de chamadas em vídeo têm sido usados diariamente para as conversas. Após analisar partidas de 2019 e 2020, Ramon debate com os auxiliares Junior Lopes, que está no Rio, e Thiago Kosloski, ainda na Austrália, características do elenco, metodologia de treinos e possibilidades de esquemas táticos. Situação repetida com a direção, especialmente com Antônio Lopes (coordenador técnico), José Luis Moreira (vice de futebol) e Andre Mazzuco (diretor executivo).
Sem o contato diário do CT, o jeito foi ter papos indivíduos com atletas remotamente. Não houve prejuízo em conhecer o grupo, afinal, ele trabalhava como auxiliar desde o ano passado.
Sem poder comandar treinos, Ramon ainda não pode demonstrar como o Vasco irá jogar sob o seu comando na conclusão do Carioca, na continuidade da Sul-Americana, na tentativa de reverter a vantagem do Goiás na Copa do Brasil e no Brasileirão. Em recente entrevista ao SporTV, porém, deu uma pista:
- O Vasco tem como característica histórica a posse de bola, o jogo vertical e fazer gols. É um DNA ofensivo. Cada treinador tem a sua ideia, mas pode ter certeza que a minha passa pelo setor ofensivo, pela organização ofensiva. Lógico que não se pode esquecer da organização defensiva. Mas gosto do bom futebol e ele passa pela organização e por funções na hora de jogar e na hora de marcar.
Fonte: geMais lidas
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