Racha na diretoria cruzmaltina
A nova diretoria cruzmaltina mal chegou ao poder e já tem o seu primeiro racha. E a origem do atrito entre o presidente Roberto Dinamite e alguns dos nomes forte do MUV (Movimento Unido Vascaíno) foi justamente o "Caso Jean". Na quarta-feira da semana passada, o atacante acertou sua liberação para poder defender o Al Sharjah, dos Emirados Árabes, o que seria o pontapé de uma série de acontecimentos.
Os responsáveis pela liberação foram o vice-presidente de futebol do clube, Manoel Fontes, o Neca, e o diretor de futebol, Carlos Alberto Lancetta. Com a negociação, o Vasco receberia cerca de U$ 100 mil pela rescisão do contrato de empréstimo. No entanto, Roberto Dinamite não gostou da decisão de seus dirigentes e cancelou o acordo na última hora, causando um racha dentro da diretoria e comprando uma briga com o empresário de Jean, Léo Rabello.
Ofendidos com a postura do presidente, Lancetta e Neca chegaram a colocar seus cargos à disposição. No entanto, a forte ligação entre Neca e alguns dos homens fortes do MUV que colocaram a atual diretoria no poder, como Artur Sendas, foram suficientes para colocar Dinamite contra a parede.
Mesmo contrariado, o presidente se reuniu com Léo Rabello e acertou a liberação de Jean. E a "birra" de Roberto Dinamite teve resultados bem ruins para o Vasco. Além de causar um mal-estar entre ele, Neca e Lancetta, o tumulto ainda fez com que o clube não ganhasse um centavo pela rescisão do contrato de Jean.
Vale lembrar que Léo Rabello, que já mostrou sua insatisfação com as decisões da diretoria cruzmaltina, também é empresário do volante Jonílson e do apoiador Madson, peças-chave da equipe de Tita cujos contratos terminam no fim da temporada, o que dificulta o processo de renovação dos dois. Comenta-se ainda que Dinamite só voltou atrás e liberou Jean para o futebol árabe para não dificultar a renovação dos jogadores do empresário.
Discursos desencontrados
Durante a crise do "Caso Jean", Roberto Dinamite chegou a garantir que o jogador permaneceria em São Januário. Indignado com a situação Léo Rabello soltou o verbo contra a diretoria e revelou que o presidente estava enfurecido com seus auxiliares. Dinamite, logo depois, desmentiu as afirmações e chamou o empresário de mentiroso.
"É tudo mentira o que ele disse. Neca e Lancetta são profissionais pagos pelo clube e não estão ali à toa. Eles têm autonomia, mas quem libera alguém é o presidente do clube", disse Dinamite.
Na contramão, Neca se mostrou solidário com Léo Rabello no dia seguinte e disse que "tudo o que ele disse é verdade".
"O Léo Rabello tem toda a razão para fichar chateado com essa situação. Tudo o que ele disse é verdade, aconteceu daquela forma. Mas futebol é assim, nunca podemos prever nada", disse o vice de futebol do clube.
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